Normalmente, ex-presidentes saem dos clubes sem serem responsabilizados pelas dívidas que deixam. No caso em que o Flamengo é processado pelo Rio Branco-SP pelo não pagamento de obrigações trabalhistas ao meia Igor, essa máxima pode cair. Tudo porque Hélio Ferraz, presidente na época do empréstimo do jogador, entrou como avalista da negociação, que agora pode causar desfalque de R$ 2,9 milhões.
Durante o empréstimo de Igor, o Flamengo deixou de pagar alguns salários, 13º e não recolheu algumas parcelas de FGTS. O jogador, então, deixou o clube. Pelo contrato, o Rio Branco pode cobrar multa do Rubro-negro caso perdesse os direitos federativos do meia. O caso, divulgado pelo site do canal “ESPN Brasil”, corre na 3ª Vara Cível da comarca de Americana-SP. Além do Flamengo, Hélio Ferraz foi notificado.
— Ele foi o avalista da negociação. Por enquanto, foi notificado só para ter ciência. Mas se o Flamengo não pagar, ele será cobrado — explicou José Antônio Franzin, presidente do Conselho Deliberativo do Rio Branco e advogado do clube no processo.
O Flamengo tem até 15 dias para se defender. O clube explicou, através da assessoria de imprensa, que o caso já está com o departamento jurídico, que estuda o processo para encontrar a melhor forma de defender o clube. A reportagem do Jogo Extra tentou fazer contato com Hélio Ferraz, mas ele não atendeu nenhuma das ligações.
— Sabemos da tradição do Flamengo, mas hoje enfrentamos situação complicada financeiramente e preciso preservar o patrimônio do Rio Branco — disse Franzin.
Fonte: Extra Globo