A vida no meio da tabela.

Não era justo esperar que o Flamengo saísse, alucinadamente, enfileirando vitórias. Não seria normal. Assim como não há motivos para a torcida arrancar os cabelos após a derrota por 2 a 1, em Curitiba, para o Atlético-PR. Primeiro, porque perder no Paraná é habitual há algumas décadas. Segundo, e mais importante, porque o resultado mantém o Flamengo consolidado num meio de tabela que cai muito bem para a realidade do time.

O atual 11º lugar, que bem poderia ser um nono ou um 13º, é o que parece à altura do Flamengo atual. Se bem treinado, bem organizado, pode fazer uma campanha sem sustos, sem sonhar com voos altos e sem correr riscos. O Flamengo está atrás dos times que são melhores do que ele, está rodeado por algumas equipes iguais à dele e vê a certa distância de segurança os times afundados no risco de queda. Estes são mesmo piores do que o Flamengo. Tudo está no seu devido lugar.

Os melhores momentos do rubro-negro neste Campeonato Brasileiro foram construídos à base de organização, marcação forte desde o campo do rival e velocidade. É o que de melhor o time tem a oferecer. Na Arena da Baixada, enquanto houve o louco e atípico jogo franco do primeiro tempo, o Flamengo exibiu suas virtudes com a bola. Criou chances em jogadas velozes. Mas, sem a bola, foi menos consistente, mais vulnerável do que de costume. E Paulo Victor trabalhou.

Num elenco sem tanta riqueza de opções, desfalques fazem falta. Sem Márcio Araújo e com Luiz Antônio, perdeu-se mais do que apenas força no meio-campo. Faltou a marcação adiantada, a pressão que permite a ação vertical rumo ao gol. Sem Alecsandro, o Flamengo teve dificuldade de jogar sem a referência. Entre outras coisas, por ser nítido que Eduardo da Silva tem limitações físicas para se mover por muito tempo.

O Flamengo fugiu ao seu padrão. Não foi tão organizado e compacto quanto nos seus melhores jogos. Quando o Atlético-PR ficou em vantagem, teve ainda mais problemas. Sem o contra-ataque à disposição, não há tanto talento para trocar passes e construir jogadas.

E até Vanderlei Luxemburgo, que tantos progressos produziu no time, esteve abaixo de sua média recente. Revelou-se um equívoco difícil de entender a escalação de Marcelo e Chicão na zaga, com Samir no banco.

Este é o Flamengo de 2014. Um time médio. Tem virtudes e defeitos. Nem muito bom, nem muito ruim. Houve um momento em que jogou um assustador futebol de rebaixado. Hoje, vive dentro de sua realidade. A fotografia da tabela, com o Flamengo na metade da lista de classificação, cai bem, é verdadeira. Então, o torcedor do Flamengo está definitivamente condenado a um ano de ambições médias?

No Campeonato Brasileiro, sim. Até a 38ª rodada, é natural ver um voo de cruzeiro, sem sustos. Mas com a camisa pesada que tem, com a torcida que tem, e mesmo com as virtudes e os defeitos que convivem juntos no elenco atual, o título da Copa do Brasil é absolutamente alcançável. O Flamengo não é favorito. Enfrentará um Atlético-MG mais forte na semifinal. Mas a lógica dos clássicos é a falta de lógica. Assim são os choques entre gigantes. E o ano médio pode acabar em festa. 

Fonte: Blog do Mansur

Coluna do Flamengo

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