A começar pelas mexidas do técnico Vanderlei Luxemburgo no segundo tempo via-se que o Flamengo não venceria o jogo contra o Atlético-PR. Naquela altura, já estava perdendo e a entrada de João Paulo, Muralha e Nixon numa tacada só não surtiu efeito algum. E, tamanha a falta de visão do treinador, ficou barata a derrota, por 2 a 1, para o Furacão, na Arena da Baixada.
O Atlético-PR fez todo o jogo no primeiro tempo em cima do veterano Léo Moura e do zagueiro Marcelo. Entre eles, uma mina de ouro. E foi por ali que o Furacão passou fácil, fácil nas jogadas dos dois gols. Não é possível que Luxemburgo não tenha percebido isso.
Mas até que nos primeiros minutos, o Fla parecia que jogava em casa. Fez gol aos sete minutos, em chute de Everton que desviou em Eduardo da Silva. Festa do Rubro-Negro carioca. Era para manter a pegada, porém, o time recuou e deu espaços, justamente entre Léo Moura e Marcelo.
No buraco que ali tinha, o Atlético-PR chegou ao empate, aos 16, com Cléo, após Chicão desviar chute de Dellatorre. A virada do Furacão veio também pelo lado direito da defesa do Flamengo. Léo Moura, já sem pernas, não foi na jogada e o zagueiro Marcelo, todo afobado, fez pênalti em cima de Marcelo Cirino. Coube a Cléo bater a penalidade e virar o placar.
Pensava-se que o “pofexô” Luxemburgo havia detectado o problema no intervalo e que mudaria o time para melhor. Não, ele não fez isso. Na verdade, o treinador fez pior: mandou Léo Moura atacar na segunda etapa e, como o lateral não tem mais pique para ir ao ataque e voltar para a defesa na mesma batida, ficou um buraco.
Quando resolveu mexer no time, de uma só vez, mandou para o campo João Paulo, Muralha e Nixon. Aí, ele deve ter pensado: agora vai? Só que não. O Furacão continuou ditando o ritmo da partida e só não fez mais gols por que Paulo Victor estava lá para evitar.
Além do goleiro, salvaram-se no time do Flamengo apenas três jogadores: Cáceres, que organizava a saída de bola, mas surpreendentemente foi sacado pelo “pofexô” para a entrada, pasmem, de Muralha; Canteros, que organizava as jogadas; e Everton que partia para o ataque.
Na quarta-feira, contra o Internacional, o “pofexô” Luxa precisará rever e escalar, ao menos, jogadores que saibam dominar, tocar e passar a bola, além de ter noções de marcação e fôlego. Do contrário, vai voltar para a zona da confusão.
Fonte: Grito da Nação