O Corinthians é disparado o time que mais faturou com arquibancadas nesta edição do Campeonato Brasileiro. A equipe paulista já beira os R$ 17 milhões em renda líquida nas partidas como mandante na competição, superando até o líder da competição, o Cruzeiro, em mais de R$ 3 milhões. A dupla Internacional e Grêmio completaria um hipotético G-4 no ranking. O ESPN.com.br fez um levantamento com base nos boletins financeiros divulgados pelos clubes e enviados à CBF após todas as partidas da Série A de 2014 e averiguou as rendas exatas de cada um dos 20 times da primeira divisão. Estão descontados dos valores totais, além das despesas obrigatórias de manutenção, outras quantias referentes a acordos, penhoras e aluguéis de estádios. Por exemplo: o Fluminense aparece em uma decepcionante 13ª colocação no ranking, uma vez que parte dos números arrecadados pelo time das Laranjeiras são direcionados ao Consórcio Maracanã. O Atlético-MG, por sua vez, paga sempre taxa à Arena Independência Operadora e ao setor corporativo comercial. O Cruzeiro é outro que manda, por acordo, parte da renda à Minas Arena. Já o Flamengo perde 15% dos lucros por dívidas trabalhistas. O Santos é o pior da lista inteira, com apenas R$ 813.470,00 em faturamento líquido ao longo de todo o Campeonato Brasileiro. Uma curiosidade é que mais da metade desse valor, ou R$ 596.230,00, foi em jogo contra o Atlético-MG, na Arena Pantanal, no início do torneio – o clube não soube confirmar à reportagem há algumas semanas se o dinheiro foi de fato aos cofres alvinegros. Despesas, receitas, rendas negativas e números Uma lista imensa integra as despesas dos jogos. Em Flamengo x Internacional, no Maracanã, por exemplo, da receita de R$ 644.705,00, mais de R$ 500 mil foram em gastos como taxa à FERJ (R$ 30.821,25), taxa de arbitragem (R$ 9.675,00), credenciamento (R$ 3.475,00), carro forte (R$ 1.100,00), confecção de ingressos (R$ 32.126,60), taxa de bombeiros (R$ 2.351,16), delegado (R$ 2.200,00), reembolso de passagem dos árbitros (R$ 797,60), aluguel de grades (R$ 4.620,00), escoteiros (R$ 1.424,39), entre muitos outros. Dos 310 jogos realizados até aqui, 35 deles registraram rendas líquidas negativas aos clubes mandantes. Os recordistas são Botafogo e Atlético-PR, com seis cada. O primeiro pelos baixos públicos registrados em alguns jogos, o segundo principalmente por ter atuado com portões fechados em quatro rodadas. A maior renda líquida até aqui foi do Corinthians: R$ 2.379.914,22 contra o Figueirense, em sua primeira partida oficial na Arena em Itaquera. Faturamentos líquidos acima de R$ 1 milhão em um único duelo foram registrados 19 vezes, sendo 13 só de Corinthians e Cruzeiro, os dois líderes do ranking. O time celeste, aliás, é o único que conseguiu embolsar mais de R$ 2 milhões em mais de uma oportunidade, nos confrontos contra Atlético-MG e Internacional. A pior renda como mandante foi do Flamengo, contra o Figueirense, no Morumbi: o time rubro-negro ‘pagou’ R$ 102.554,33 para jogar no estádio são-paulino, já que as despesas – como aluguel, operacional e policiamento – foram bem superiores às receitas, em uma proporção de R$ 260 mil de gastos e R$ 158 mil de lucro. Não estão computadas na lista somente as rendas líquidas de cinco jogos da 31ª rodada, já que os boletins financeiros não tinham sido disponibilizados pela CBF até a noite desta segunda-feira. São eles: Internacional x Bahia, Atlético-MG x Sport, Chapecoense x Santos, São Paulo x Goiás e Figueirense x Cruzeiro. Confira, abaixo, o ranking de renda líquida dos mandantes ao longo da Série A: 1º Corinthians – R$ 16.839.977,00 (média de 27.800 pagantes) 2º Cruzeiro – R$ 13.562.768,00 (média de 26.456 pagantes) 3º Internacional – R$ 8.761.727,00 (média de 21.366 pagantes) 4º Grêmio – R$ 7.002.963,00 (média de 18.966 pagantes) 5º São Paulo – R$ 6.632.883,00 (média de 27.856 pagantes) 6º Flamengo – R$ 4.401.040,00 (média de 27.138 pagantes) 7º Sport – R$ 3.474.246,00 (média de 14.608 pagantes) 8º Palmeiras – R$ 3.426.605,00 média de 17.618 pagantes) 9º Botafogo – R$ 3.179.120,00 (média de 12.636 pagantes) 10º Chapecoense – R$ 2.235.065,00 (média de 9.660 pagantes) 11º Atlético-MG – R$ 2.211.896,00 (média de 13.877 pagantes) 12º Goiás – R$ 2.118.532,00 (média de 6.655 pagantes) 13º Fluminense – R$ 1.876.833,00 (média de 18.124 pagantes) 14º Bahia – R$ 1.712.400,00 (média de 13.270 pagantes) 15º Coritiba – R$ 1.702.278,00 (média de 11.550 pagantes) 16º Atlético-PR – R$ 1.668.106,00 (média de 11.427 pagantes) 17º Criciúma – R$ 1.627.308,00 (média de 9.632 pagantes) 18º Figueirense – R$ 1.623.557,00 (média de 7.646 pagantes) 19º Vitória – 960.612,00 (média de 10.064 pagantes) 20º Santos – R$ 813.470,00 (média de 8.560 pagantes)