As seleções masters de Brasil e Argentina empataram por 3 a 3 em desafio internacional realizado na Arena das Dunas, em Natal, na noite deste domingo. Nem todos os ex-jogadores divulgados pela organização apareceram, mas os 10 mil torcedores presentes fizeram uma festa bonita e vibraram muito com o gol do sérvio Petkovic, ídolo do Flamengo, com a camisa amarelinha. Ele foi a principal estrela da partida, sendo ovacionado a cada jogada, assim como o potiguar Souza, ex-Corinthians e América-RN. Pelo lado dos hermanos, destaque apenas para o volante Mancuso e o zagueiro Ruggeri, já que o atacante Caniggia não esteve em Natal – a Argentina escalou o “sósia” Daniel Cordone.
A lista dos nomes divulgados pela empresa promotora do evento tinha Donizete Pantera, Dodô, Mauro Galvão, Edilson Capetinha, Edmilson, Júnior Baiano, Emerson Sheik e Viola, além de Sensini e Ortega, mas nenhum destes apareceu. Athirson, responsável por formar a seleção brasileira, disse que teve problema com o pagamento do cachê de alguns, que preferiram não embarcar para Natal. Sobre Caniggia, André de Paula, organizador do evento, afirmou que a passagem aérea do carrasco do Brasil em 1990 foi emitida.
– Pode verificar passaporte, pode verificar o bilhete aéreo. As pessoas envelhecem também, né? Essa questão de trazer um jogador falso não é do feitio da agência. A gente teve três problemas com jogadores que perderam o voo no Rio, devido ao trânsito caótico, mas os demais estão todos aí – falou André.
Sem um atacante de origem, o Brasil teve Petkovic e Beto, ex-Flamengo e Botafogo, no ataque. O time começou jogando com Sérgio, Pimentel, Gelson, Jorginho e Athirson; Amaral, Maurinho, Adílio e Souza; Petkovic e Beto. No banco de reservas, apenas Thiago Coimbra, filho de Zico, e Nélio, eterna promessa do Flamengo, além de ex-jogadores escalados de última hora, como os meias Leandro Sena e Paulinho Kobayashi, ídolos do América-RN.
Em campo, Oscar Ruggeri, campeão do mundo em 1986, fez de cabeça e abriu o placar para os argentinos. Beto deixou tudo igual após escanteio cobrado por Souza. Esteban Fuertes, ex-River Plate e Cólon, em chute de primeira, colocou os hermanos à frente. Ainda no primeiro tempo, Petkovic sofreu e converteu pênalti, para alegria dos torcedores presentes e irritação dos jogadores argentinos, que ainda empurraram o árbitro do jogo. No segundo tempo, Souza, ex-Corinthians e Flamengo, marcou o terceiro do Brasil, mas Fuertes, em posição duvidosa, empatou o clássico.
– Estou muito feliz e é uma honra muito grande vestir a camisa da seleção brasileira. No último ano, eu engordei um pouco, mas, se tivesse em forma, poderia correr um pouco mais. A 10 sempre cai bem – disse Petkovic.
Fonte: GE