Equilíbrio: patrimônio nacional.

São justas, oportunas e necessárias as discussões sobre o nível técnico, o calendário e a efemeridade de elencos e treinadores no futebol doméstico do Brasil. Sem falar na formação de jogadores. No entanto, olhar para os problemas não impede de enxergar virtudes muito próprias do país. Virtudes que, aliás, dão ao Campeonato Brasileiro características únicas no mundo. E que tornam a reta final de temporada muito atraente.

São 16 clubes brigando, de verdade, por título, vaga na Libertadores ou contra o rebaixamento. E na Copa do Brasil, quatro camisas de peso nas semifinais. Flamengo e Santos, que parecem não correr grandes riscos e não ter grandes aspirações na competição por pontos corridos, são justamente dois dos grandes que duelam no mata-mata.

É cruel comparar o nível de alguns times daqui com a elite dos superclubes da Europa. Mas também é fato que não dá para chamar de indigente tecnicamente um campeonato que tem um time como Cruzeiro na ponta ou um São Paulo com Kaká, Pato e Ganso. Sem contar que, se apresentados aos números do Campeonato Brasileiro, com os primeiros tão próximos dos últimos e um achatamento flagrante no meio da tabela, os europeus encontrariam aqui, pelo menos, uma característica que gostariam de levar para casa.

Vejamos os números.

Para efeito de comparação com duas ligas de peso da Europa, basta notar que, numa média dos últimos cinco anos, o campeão do Brasil somou 72,4 pontos. Já na Inglaterra, fez 86 pontos e, na Espanha, 97. Ou seja, os rivais mais frágeis na Europa tomam muito menos pontos dos favoritos.

Outra comparação leva em conta a distância entre o quarto colocado, que no Brasil é o último classificado para a Libertadores, e o 17º lugar, que demarca a zona de rebaixamento. Nos últimos cinco Brasileiros, a diferença ficou, em média, em 19 pontos. Mas foi de 24 na Espanha e de 34,4 na Inglaterra. Se considerarmos a distância entre o terceiro colocado, que nos países europeus em questão é o último classificado diretamente para a Liga dos Campeões, e o 18º lugar, que abre a zona de queda nestas ligas, também se nota a diferença. No Brasil, são 27,2 pontos, contra 34,2 na Espanha e 39,8 na Inglaterra.

A quantidade de clubes populares, de grande torcida e imensa capacidade de mobilização, aliada ao equilíbrio extremo são o patrimônio de nossas competições domésticas. Se aprendêssemos a vender bem o produto, a promover o espetáculo local, seriam estes os pontos a trabalhar.

E mais. Nos últimos anos, as distâncias no Brasil caem e, na Europa, crescem. Na temporada passada, a distância do terceiro ao 18º lugar na Espanha atingiu incríveis 48 pontos, contra 49 na Inglaterra e apenas 20 pontos no Brasil.

Vejamos também os retrospectos dos hoje quatro últimos contra os atuais quatro primeiros. Com frequência, os mais frágeis roubaram pontos dos mais fortes. O Criciúma já jogou seis vezes contra os times que hoje iriam à Libertadores. Só perdeu uma vez, tendo conseguido uma vitória e quatro empates. Já o Coritiba, em sete confrontos, venceu um, empatou três e perdeu três. Botafogo e Bahia têm desempenhos piores e não venceram: os cariocas tiveram dois empates e quatro derrotas, enquanto os baianos empataram dois jogos e perderam seis.

Fonte: Blog do Mansur

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