Em participação ao Bola da Vez, da ESPN Brasil, Vanderlei Luxemburgo comentou sobre a participação da Seleção Brasileirão na Copa do Mundo 2014. Sugerindo atletas experientes, o técnico do Flamengo disse que faltou alguém para ‘furar a bola’.
– Eu já falei, o Felipão é meu amigo. Já tivemos alguns arranca-rabos em jogos, e depois fizemos amigos, somos amigos, eu gosto muito dele e ele gosta de mim… Uma coisa eu faria, outra coisa ele faria, mas tem que respeitar cada profissional. Eu acho que a Copa das Confederações trouxe um prejuízo muito grande para o Brasil no trabalho para a Copa do Mundo. O Felipão aposta muito em grupo envolvido com o pensamento dele. E aquele grupo da Copa das Confederações se envolveu com ele e teve uma atuação fantástica. Venceu a Espanha numa final. Mas naquele grupo ele não tinha a experiência, a maturidade necessária para disputar uma Copa do Mundo, ainda mais no Brasil. Jogadores que não tinham rastros de Seleção Brasileira. Eele desprezou, ao meu ver, um Kaká, um Robinho, um Ronaldinho, um Luís Fabiano, Rogério Ceni… Na minha cabeça estes jogadores seriam grandes os nomes da Copa do Mundo de 2014 pela faixa etária, para ‘carregarem’ o peso, e Neymar e outros iriam com eles. Ele não teve estes jogadores para enfrentar a Alemanha. E isso quase aconteceu contra o Chile, aconteceu contra a Croácia, contra a Colômbia, México… Então, era uma questão de tempo. Naquele jogo, quando a Alemanha faz 1 a 0 e você tem jogadores experientes, alguém pega a bola, ‘fura a bola’, ‘vamos respirar, não sai ninguém, vamos acomodar, e depois vamos partir para o jogo’. E o que aconteceu? Um time querendo ganhar a Copa, com a torcida envolvida emocionalmente com o jogador virtual. Neymar foi a campo, mas não entrou em campo, não concluíram que o Neymar estava fora. Quando o Neymar se machucou, ‘me desculpa mas você está fora e o substituto é x’. Vai ser você, acabou e vamos com você. Só que fizeram máscara do Neymar, camisa pro Neymar, isso pro Neymar, mas ele não podia chutar a bola. Então, faltou nessas horas alguns jogadores. No momento que precisava de um jogador experiente, malandro, não tinha um para ‘furar a bola’.
Matéria redigida por Eduardo El Khouri