Difícil decifrar o que de fato aconteceu com o Flamengo na noite de quarta-feira, no Mineirão.
Por isso, talvez, a melhor maneira de aceitar o resultado do duelo seja observá-lo no todo. Desde a comparação qualitativa e quantitativa dos dois elencos aos momentos vividos pelos dois times na própria Copa do Brasil. Desde a postura covarde do Atlético-MG nos primeiros jogos fora de casa à dinâmica proativa, autoconfiante e eficiente em Belo Horizonte. Desde o desgaste físico e psicológico de um grupo que inverteu um processo de queda ao resultado apertado ao final dos 180 minutos. Ou seja: por mais que tenhamos dificuldades em aceitar uma repentina inversão de expectativas, o futebol vez por outra nos oferece provas do quanto realmente é complicada essa relação com o imponderável. Bastava que o argentino Canteros convertesse em gol a chance que teve no penúltimo lance do jogo e estaríamos todos a salientar o heroísmo dos jogadores do Flamengo e a maestria do técnico Vanderlei Luxemburgo. Com racionalidade, reconhecendo o absurdo de um calendário absurdamente mal elaborado, podemos afirmar até que os dois times jogaram no limite de suas possibilidades físicas. E que o placar de 4 a 3 a favor do Atlético-MG (com vitória de 2 a 0 do Flamengo no Maracanã e derrota por 4 a 1 no Mineirão) retrata o tanto da superioridade de um, e o tanto da superação do outro. {{#values}} {{#ap}} {{/ap}} {{^ap}} {{/ap}} {{/values}} Fonte: Blog do Gilmar Ferreira