O prédio da antiga sede do Flamengo no Morro da Viúva foi alvo de uma operação conjunta da Secretaria de Ordem Pública (Seop) da prefeitura, da Guarda Municipal, da Vigilância Sanitária, da Defesa Civil e da Columrb nesta sexta-feira. Representantes do órgãos estiveram no local para checar denúncias, feitas pela associação de condomínios da região, sobre o mau estado de conservação do edifício, abandonado há dois anos. Eles encontraram uma grande quantidade de lixo, vários pontos de vazamento de água e gás e muitos ratos e caramujos africanos.
— Vimos um cenário de total abandono, com muito lixo dentro e fora do prédio. Uma equipe de combate à dengue encontrou vários focos de proliferação de mosquitos. O reservatório de água estava destampado. Os proprietários terão de cumprir exigências, não podem deixar um imóvel desse porte assim. Há risco de invasão — alertou o subsecretário de Ordem Pública, Marcelo Maywald.
Em 2012, o Flamengo assinou um contrato de concessão do imóvel à REX, empresa de Eike Batista, que prometeu tornar a antiga sede do clube num luxuoso hotel. Pelo projeto, o prazo para a conclusão da obra terminará em 30 de dezembro do próximo ano.
A presidente da Associação de Condomínios do Morro da Viúva (Amov), Maria Thereza Sombra, contou que, na última semana, o prédio foi invadido por um homem nu que surgiu em uma das janelas e acenava para mulheres na rua. Desde então, moradores da Rua Rui Barbosa exigem uma solução para os problemas.
— A Associação está aguardando o relatório da Secretaria de Ordem Pública para enviar aos representantes da empresa, para que eles coloquem segurança armada para preservar o prédio. Além disso, eles precisam limpar o local inteiro, que já está expondo toda a nossa vizinhança — disse Maria Thereza.
O vice-presidente de patrimônio do Flamengo, Wallim Vasconcellos, informou que o clube não tem qualquer ingerência no processo. Procurada por meio de sua assessoria de imprensa, a REX não se manifestou sobre o assunto.
Fonte: Extra Globo
