Ficou para a última segunda-feira do ano a notícia que agitará o futebol brasileiro em 2015, em especial os dias dos torcedores do Flamengo: a entrada na Gávea do braço esportivo do Grupo Doyen, um fundo de investimentos sediado no paraíso fiscal de Malta, com escritório central em Londres.
O parceiro que trás para o clube o cobiçado atacante Marcelo Cirino, de 22 anos, destaque do Atlético-PR no Brasileiro de 2013, é representado no Brasil pelo já conhecido Renato Duprat, empresário parceiro de Vanderlei Luxemburgo em outras empreitadas prlo futebol paulista. Mas a ação de maior destaque de Duprat foi mesmo a entrada da MSI no Corinthians, em 2005, despejando no Parque São Jorge um dinheiro que vinha da Rússia e passava por Londres antes de chegar ao Brasil. Depois de algumas suspeitas sobre a origem do capital, a Polícia Federal e o Ministério Público locais promoveram devassa no clube e desfez-se a parceria . Marcelo Cirino, é bom que se diga, tem tudo para ser, tecnicamente, um tirambaço certeiro da diretoria do Flamengo. Alto, forte, veloz, ágil e bom finalizador, ele potencializa e qualifica o ataque do time de Vanderlei. Por outro lado, sua chegada nos modelos propostos embute a polêmica discussão sobre o poder de influência na escalação. No Santos, por exemplo, o mesmo Doyen foi responsável pela queda do técnico Osvaldo de Oliveira, que nem sempre escalava o artilheiro (sic) Leandro Damião, por quem o grupo pagou uma fortuna para tirá-lo do Internacional e coloca-lo na Vila Belmiro. Moral da história: foi demitido. Pergunta: se Marcelo Cirino repetir no Flamengo as atuações abaixo das expectativas do Brasileiro de 2014, Vanderlei, parceiro de Duprat, hesitará em sacá-lo do time? Fonte: Blogo do Gilmar Ferreira