O temor de que, em 2015, o Flamengo cometa os mesmos erros deste ano nas finaças já começa a ligar o alerta do Conselho Fiscal. A diretoria entregou sua estimativa de orçamento para os próximos 12 meses e, mais uma vez, o documento deve receber advertências por superestimar as receitas com bilheteria e sócio-torcedor, além de não cortar os gastos da maneira necessária.
Extra fala em erros do Fla por ‘não cortar gastos necessários’.
Pelo documento, o Flamengo projeta para 2015 uma receita de cerca de R$ 364 milhões (R$ 348 milhões, descontado o INSS). Se concretizado, significaria um recorde para a história do clube. O problema é que este ano, por exemplo, o clube já previa arrecadação alta (R$ 342 milhões) e precisou rever esta estimativa em agosto para menos R$ 40 milhões do valor inicial.
Assim como em 2014, a alta arrecadação do Flamengo estimada para 2015 conta com o sucesso das rendas com bilheteria (R$ 49 milhões) e com o programa de sócio-torcedor Nação Rubro-negra (R$ 37 milhões). Este ano, nos dois casos a receita não foi a esperada.
Com bilheteria, o Rubro-negro sonhou encerrar o ano com R$ 45,8 milhões, mas, no balanço divulgado após o fim do terceiro trimestre, o valor era de R$ 27,4 milhões. Já com o sócio-torcedor, a estimativa era faturar R$ 45 milhões. Mas o programa registrou fuga de membros e, ao fim do terceiro trimestre, rendeu apenas R$ 23,9 milhões. Todos estes fatores são altamente dependentes do sucesso dentro do campo, o que não ocorreu em 2014.
Os gastos com o futebol preocupam: R$ 121 milhões, pouco maior do que o previsto para 2014 (R$ 111 milhões). Após as observações, o documento será encaminhado ao Conselho de Administração para finalmente ser votado. Confira os valores estimados para 2015:
Receita bruta: R$ 364 milhões
Receita líquida: R$ 348 milhões
Despesa operacional do clube: R$ 188 milhões
Receita com sócio-torcedor: R$ 37 milhões
Receita com bilheteria: R$ 49 milhões
Receita com venda de jogador: R$ 10 milhões
Receita com patrocínio e publicidade: R$ 92 milhões
Receita com programas incentivados: R$ 29 milhões
Gastos com o futebol: R$ 121 milhões (profissional) e R$ 9 milhões (base)
Penhoras: R$ 39 milhões
Acordos / renegociação de dívidas: R$ 18 milhões
Parcelamentos fiscais: R$ 18 milhões
Fonte: Extra Globo
Compartilhe este artigo
Deixe um comentário