Quando atingiu 64.019 sócios-torcedores em abril deste ano, o Flamengo comemorou a consolidação na terceira colocação entre os programas dos clubes cadastrados no Movimento por um Futebol Melhor, atrás apenas de Internacional e Grêmio. No entanto, oito meses depois, a situação é bem diferente, com a perda de quase 12 mil membros e a queda para o sétimo lugar na lista com 52.266 sócios-torcedores.
A preocupação no clube é grande com o que vem pela frente. O programa teve um crescimento fora da curva entre outubro e novembro de 2013, com quase 20 mil adesões, mas agora carrega a marca de maior queda de 2014, com 6.754 sócios a menos do que iniciou o ano.
A atual gestão do Flamengo sempre tratou o programa de sócio-torcedor como prioridade. A partir dele, imaginava ter receita para contratar reforços de peso no futebol. No entanto, o resultado financeiro ainda não foi capaz de produzir essa mudança de patamar no time.
Até setembro deste ano, o Flamengo registrou a arrecadação de R$ 24 milhões, segundo seu balanço trimestral. O valor total deve ficar em torno de R$ 30 milhões. Para a próxima temporada, em seu orçamento, o clube prevê R$ 37 milhões de receita com o programa.
A expectativa do Flamengo em seu orçamento é de que o clube mantenha uma média de 60 mil sócios-torcedores. No documento, registra que em 2014 essa média foi de 59 mil, mas desde maio está abaixo dessa marca.
Para conquistar novos sócios, o Flamengo fez algumas ações em 2014 e chegou a fazer uma promoção na qual a compra de um ingresso valeria uma mensalidade grátis do programa. Mesmo assim, a procura pelo cadastramento não foi a esperada.
Em 2015, o clube procura um jogador para ser a nova cara do time e representar o Flamengo em ações comerciais capazes de alavancar o programa. Mas a questão financeira tem pesado e a expectativa é de que apenas em janeiro haja uma resposta para essa busca.
Fonte: GE