Ídolos são estátuas, ou outros materiais, que representam deuses. Com o tempo esse termo foi sendo transportado para definir pessoas. Ídolo é alguém que comete o menor número de erros possíveis. É aquele que nós temos uma paixão incondicional, que pode até nos fazer ficar cegos para os seus erros. É aquele que nós usamos como espelho, que nos dá vontade de seguir seus passos. Já os craques apenas precisam ser bons em jogar bola. Sendo assim, quem nós podemos chamar de ídolos? E craques?
Infelizmente, não pude ver o Zico jogar em seu auge, tampouco os seus companheiros que fizeram parte da época de ouro do Flamengo, mas tive o prazer de ver uma fração de seu futebol no jogo das estrelas – e essa fração já mostrou muita qualidade. O imenso carinho que nutro por Zico é pelo que ele representa ao Flamengo, pelo que conquistou e, sendo parte extremamente importante, por suas atitudes fora de campo. Vejo o Zico jogador como craque indiscutível e o Zico humano como ídolo.
Bom, mas não vim falar do Zico, pois esse já está bem marcado na história – exceto para uns rivais que teimam em reconhecer seu futebol por causa de um pênalti perdido em copa do mundo. Vim falar dos ídolos que eu pude ver jogar.
Petkovic é sem dúvida um grande jogador e o considero um dos poucos craques recentes da história do Flamengo. Não vi o seu gol aos 43 do segundo tempo, mas vi seus gols olímpicos contra o Palmeiras ou aquele contra o Atlético-MG num jogo que nos levou ao G4 – ambos os gols foram em 2009 naquela arrancada fantástica que nos levou ao Hexa. Não lembro de erros fora de campo, até por eu ser novo, por isso acabo nutrindo por ele um carinho que o transforma em ídolo.
Também daquele Hexa de 2009, temos o Adriano marcando história no Flamengo, mas esse eu só tenho como um craque que se formou no Flamengo e nos trouxe títulos. Suas atitudes fora de campo não me permitem dizer que ele é ídolo.
Mas tem outro de 2009 que eu posso chamar de ídolo tranquilamente: Ronaldo Angelim. Nunca foi um jogador excepcional, foi mediano, mas ajudou bastante o Flamengo – como esquecer o seu gol de cabeça que sacramentou o Hexa? Certa vez ele teria pedido pra ficar no banco, pois não estava jogando muito bem e não queria atrapalhar o Flamengo – “Em outros clubes, cheguei a reclamar da reserva, no Flamengo nunca fiz isso. Poderia me colocar lá na arquibancada que estaria torcendo do mesmo jeito.”, declarou em uma entrevista ao GE. Outra vez, após o título de 2009, ele pegou o ônibus do Flamengo para a Gávea e de lá pegou uma carona para casa. Como ele mesmo diz: Minha única vaidade é ver o Flamengo vencer.
Outro que merece destaque é o Léo Moura, mas não é um destaque positivo. Teve seu auge no Flamengo ao ponto de chegar a defender a Seleção Brasileira, está no TOP 10 dos que mais atuaram no Flamengo, conquistou cinco cariocas, duas copas do Brasil e um brasileirão. Apesar disso tudo, suas atitudes em épocas de renovação são terríveis. Ele está em fim de carreira, não consegue mais atacar e defender com qualidade, só se manteve titular porque o último com qualidade que o ameaçou trocou o Flamengo pelo Fluminense para ganhar mais. Fora as acusações de fazer panela nos elencos causando mal estar.
Esses são alguns dos que ficaram marcados na história recente do Flamengo. Em outra oportunidade voltarei a falar de outros jogadores. Diga quem você acha que merece ser falado.
Fonte: Fla Imparcial