10 jogadores que encerraram a carreira de forma melancólica.

90Min – Um fim melancólico. Essa será a tônica da nossa lista: jogadores que tiveram um fim de carreira marcado por episódios tristes. Envolvimento com drogas, endividamento fora dos padrões, lesões sérias, excesso de peso… razões para encerrarem a carreira por baixo não faltaram.

Lembraremos de alguns personagens que gostaríamos muito que tivessem tido um fim de carreira mais digno, mais vencedor, mais fiel à história que construiram no esporte.

  1. Pedrinho

​Um meia ágil, liso, canhoto e muito habilidoso que construiu sua vida dentro do Vasco, onde chegou aos 6 anos e de onde só saiu pela primeira vez aos 23 anos. Seu início no Vasco foi simplesmente sensacional. Reserva dos mais utilizados em um elenco fortíssimo (disputava posição com Ramon e Juninho, por exemplo), Pedrinho ganhou tudo no cruzmaltino no fim dos anos 90.

Depois que saiu do Vasco, entretanto, sua carreira desandou. Lutou contra lesões gravíssimas, jogando, em média, menos de 20 jogos pelos 9 anos seguintes. Em 2008, voltou ao Vasco para contribuir com um time muito carente de talento, mas não teve jeito: acabou rebaixado com o seu clube do coração.

Ainda tentou estender sua carreira por alguns meses mais, mas foi vencido pelas dores no corpo.


  1. Daniel Carvalho

Meia-esquerda habilidoso formado no Internacional, Daniel Carvalho era um dos mais promissores atletas de uma geração que tinha Nilmar. Estourou cedo, foi vendido ao CSKA e chegou à seleção brasileira.

Na Rússia, sofreu com contusões, virou reserva e voltou ao futebol brasileiro. Só que, como é comum na Europa, Daniel ganhou muito peso. Muito mesmo.

O excesso de peso machucou o corpo de Daniel Carvalho e o fez cair drasticamente de rendimento. Virou chacota, jogou menos de 100 jogos nos últimos 4 anos e acabou se aposentando, aos 31 anos de idade. Hoje, joga futsal e nem cogita voltar aos campos.​

  1. Aílton

​Atacante pouco conhecido no futebol brasileiro, Aílton rodou por clubes pequenos antes de se aventurar no México. Do Tigres, viajou para a Alemanha onde viu sua carreira decolar no Werder Bremen. Virou ídolo, ganhou títulos, foi artilheiro. Mudou-se para o Schalke, onde jogou razoavelmente bem por uma temporada.

Desde então, entrou numa tremenda descendente. Em seus últimos 6 anos de carreira, jogou em 13 equipes – em 8 países diferentes -, atuou em menos de 120 jogos e marcou pouco mais de 30 gols. Entrou em uma tremenda crise financeira, encerrando sua carreira na sexta divisão da Alemanha. Justamente no país onde ele conseguiu ser o melhor jogador da temporada.

  1. Fabio Costa

​Goleiro explosivo criado no Vitória, Fabio Costa era uma das boas promessas de sua posição no fim dos anos 90. Imaginava-se que ele pudesse trilhar o mesmo caminho de Dida, outra cria do clube baiano. O começo até teve similaridades: chegou às seleções de base, foi campeão brasileiro jogando pelo Santos e transferiu-se para o Corinthians. Sua primeira passagem no Peixe foi marcada por algumas polêmicas e um temperamento explosivo.

Foi o arqueiro titular de um time milionário no Corinthians em 2005, mas com o fim da parceria da MSI, caiu em esquecimento. Foi para o Santos de novo, onde atuou constantemente por duas temporadas, deixando de ser titular assíduo nos anos seguintes.

​A partir de 2010, não jogou mais. Ficou encostado por mais de 3 anos, até se aposentar em definitivo.

  1. Cabañas

Libertadores 2008, Salvador Cabañas brilhou intensamente no futebol mexicano e deu muito calor na seleção brasileira em jogos das eliminatórias. Sua carreira caminhava bem e era cogitado para jogar na Europa e na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, quando ocorreu o pior.

Vítima de um assalto extremamente violento em um bar no México, foi alvejado na cabeça e precisou passar por cirurgias longas e muito delicadas. Corria risco de nem voltar a andar. Sua recuperação demorou mais de um ano. Foi abandonado pelo clube com o qual tinha contrato e ficou praticamente inválido para o esporte. Flertou com uma volta por cima jogando em times semi-profissionais, mas sua carreira tinha chegado ao fim.

Adriano

​Uma história que já teve mais de um fim. E “n” tentativas de recomeçar. Adriano foi trocado como se não fosse nada pelo Flamengo no início do século e virou um monstro. Um dos melhores atacantes de sua geração, a ponto de receber o apelido de Imperador.

Com o falecimento de seu pai, em 2006, entrou em depressão e viu seu mundo desabar. Ainda teve sucesso jogando no Brasil, especialmente no seu Flamengo do coração, voltou à seleção brasileira, mas os excessos extracampo afundaram a carreira de um dos maiores talentos do futebol brasileiro nos últimos anos.

Adriano voltará a atuar no Le Havre, da segunda divisão francesa. Mas depois de tudo que já aconteceu, é difícil crer que o atleta conseguirá dar uma volta por cima. Estamos na torcida, sempre!

  1. Josimar

​A grande surpresa da Copa do Mundo de 1986 foi ele. Josimar era uma lateral-direito com vocação ofensiva que jogava no Botafogo e que jogou a Copa quase que por acaso. Com o pedido de dispensa de Leandro e a contusão de Édson, Josimar virou titular. Mais do que isso, marcou dois lindos gols no torneio!

Mas a carreira do atleta, que tinha tudo pra decolar a partir dali, afundou. Foi acusado – segundo ele, injustamente – de ser consumidor de drogas, mas Josimar garante que seu problema foi os excessos com a mulherada. Ficou sem grana, perdeu ótimas oportunidades e viu sua carreira ir por água a baixo. Encerrou a carreira com 34 anos.

  1. Bruno

​Uma das histórias mais chocantes do futebol brasileiro é a do goleiro Bruno. Fenômeno na base, já era um dos melhores de sua posição aos 22 anos de idade. Pegador nato de pênaltis, virou capitão do Flamengo com a aposentadoria de Fabio Luciano e ergueu o título de campeão brasileiro no fim daquele mesmo ano. Aprendeu a bater faltas e caminhava a passos largos para uma grande transferência para o exterior e para a convocação para a seleção brasileira.

Polêmico em suas declarações, sua carreira ruiu pouco depois de sua maior conquista. Em 2010, teve seu nome ligado ao assassinato da jovem Eliza Samúdio. As investigações deram conta de que Bruno era mandante de um crime cruel, digno de filme de terror. Condenado, foi preso pouco depois e, aos 27 anos, abandonava o futebol – embora ele ainda alimente a esperança de voltar aos campos.

  1. Marinho Chagas

“Bruxa”, o melhor lateral-esquerdo da Copa do Mundo de 1974, foi um monstro na posição. Ídolo do Botafogo – que viu, anos antes, Nilton Santos brilhar no setor – e do Fluminense, o lateral boêmio e carismático foi um dos personagens mais emblemáticos de seu tempo. O comportamento pouco comprometido fez com que Marinho e Leão fossem às vias após a derrota para a Polônia na Copa de 74.

Transferiu-se para os EUA, ganhou e gastou tudo que recebeu e caiu no ostracismo. Teve problemas graves com o alcoolismo e com os excessos noturnos. Encerrou a carreira sem que lembrassem do extraordinário jogador que foi. Vítima de uma hepatite, faleceu no ano passado, aos 62 anos.

  1. Garrincha

​Seus contemporâneos garantem: Garrincha foi tão bom quanto ou melhor que Pelé. A grande diferença entre os dois é que Pelé era um atleta, Garrincha, um artista. O “Anjo das Pernas Tortas” arrastava multidões ao Maracanã, que o acompanhavam na Geral correndo pelo corredor.

O homem que deu ao Brasil seu segundo título Mundial, em 1962, foi o maior jogador da história do Botafogo e, por muito tempo, o personagem mais adorado do futebol brasileiro – “A alegria do povo”. Ao fim de sua passagem pelo alvinegro, Garrincha começou a sofrer com os excessos com a bebida. Na época, se sabia muito pouco sobre o alcoolismo como doença e, não raro, Mané era chamado de vagabundo. Não era. Mané era dependente da bebida.

Sua carreira se deteriorou rapidamente. Jogou em Corinthians, Flamengo e mais alguns clubes, sem nunca repetir o brilho de outros tempos. Foi enganado por amigos e mulheres, terminando sua carreira seu um centavo no bolso. Deixou o mundo mais triste aos 49 anos.

Coluna do Flamengo

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