Se você é fã de histórias de Copas do Mundo, certamente já ouviu falar em Josimar. O lateral-direito que explodiu na Copa de 86, no México, marcando dois gols para a seleção. Se você não é fã dessas histórias, provavelmente Josimar será um ilustre desconhecido para ti.
O caso de Josimar é uma mera ilustração. Como ele, dezenas de atletas surgiram, ficaram marcados por um lance emblemático e… sumiram.
Aqui, listamos 10 atletas que sumiram do radar. Mas que fazemos questão de lembrar!
1. O autor do gol mais importante da história do clube…
Quando o homem mais famoso de Quixeramobim percebeu a passagem de Adriano Gabiru, o dia mais importante da história colorada era escrito. Iarley esperou o momento certo, notou a evolução do companheiro, que havia acabado de entrar e deu na medida. Um toque de leve foi suficiente para superar o time mais imponente do Mundo até então e colocar o Inter no hall de campeões do planeta.
O meia criado no Atlético-PR, entretanto, nunca foi devidamente lembrado no Colorado. Rodou pelo Brasil, virou um andarilho da bola e hoje, aos 37 anos, busca um novo clube para seguir escrevendo sua carreira.
2. Herói nos Aflitos
Antes de ser titular indiscutível da meta gremista, Marcelo Grohe viu quase uma dezena de jogadores ocuparem o seu posto. Um deles foi Galatto. Assim como Grohe, o goleiro de 31 foi formado no Grêmio e entrou para a história como um dos grandes protagonistas da épica “Batalha dos Aflitos”.
Do pênalti defendido à série de grandes intervenções, o goleiro teve seu dia de ídolo naquela partida. Hoje, procura um clube.
3. O camisa 10 pós era-Robinho
Quando Diego e Robinho lideraram a nova geração de Meninos da Vila, os santistas ficaram empolgados. Tão animados que começaram a chamar qualquer revelação de craque. E foi nessa toada que o meia Jerri virou camisa 10 do clube.
Canhoto e habilidoso, até teve seus brilharecos. Sem espaço com a chegada de Ricardinho, sumiu do mapa. Jogou na Arábia Saudita, nos Emirados Árabes e, hoje, atua no campeonato tailandês.
4. O foca do futebol brasileiro
Quando aquele moleque de 17 anos colocou a bola na cabeça e começou a correr, ninguém entendeu direito. O habilidoso meio-campista formado no Cruzeiro patenteou o “drible da foquinha” e provocou uma enorme confusão no clássico contra o Atlético-MG.
O destino machucou seus joelhos e o promissor jogador sumiu do mapa. Rodou por clubes europeus sem nenhum destaque e atualmente joga no futebol semi-profissional de Barbados. Tem apenas 26 anos.
5. Vencido pelo corpo
Quando surgiu junto com Nilmar, Daniel Carvalho dava pinta de que seria craque. Meia-atacante que joga por dentro ou aberto, era um canhoto habilidoso e de boa finalização. Essas credenciais levaram Daniel ao CSKA e à seleção – o jogador, inclusive, marcou o primeiro gol da primeira Era Dunga na seleção.
Quando voltou para jogar no Brasil, já não era sombra do jogador que fora. Enfrentando uma guerra pessoal contra a balança, sofreu com seguidas lesões e virou chacota pelo país. Aos 31 anos, aposentou as chuteiras e virou jogador de futsal. Mas não descarta voltar aos campos…
6. Um gol que valeu a carreira
O lançamento de Petkovic foi meio despretensioso. Mas o garoto de 18 anos queria provar que a fábrica de craques de Xerém era tão boa quanto se falava. Lenny arrancou, aceitou o contato sem cair, fintou um marcador, driblou outro e guardou a bola no ângulo. Golaço!
O garoto do gol de placa oscilou no restante da temporada e viu seu mundo ruir com graves lesões. Foi cedido ao Palmeiras, mas não convenceu mais. Passou por 7 clubes nos últimos 4 anos e chegou a ser convidado para jogar em um clube pequeno do Espírito Santo via Instagram.
7. O menino de ouro?
Quem viu Lulinha na Copa São Paulo de Juniores e na seleção sub-17, tinha certeza: o Corinthians encontrou um craque para o seu meio-campo. Os dribles curtos e o faro de gol enchiam o torcedor de esperança. A baixa estatura fazia com que os mais exaltados lembrassem do ídolo Marcelinho Carioca.
Fato é que Lulinha foi jogado numa tremenda fogueira. Lançado como responsável por armar um time que tinha Finazzi e Éverton Santos no ataque, o jogador não conseguiu livrar o Timão do rebaixamento e tampouco virou o atleta que se imaginava.
Jogou em Portugal, rodou por clubes tradicionais do nosso Nordeste (Ceará e Bahia), mas nunca convenceu por completo. Hoje, atua no Red Bull Brasil, time que disputará o Paulistão.
8. Talento apagado…
Os anos 2000 foram difíceis para o Vasco. O clube viveu em crises políticas e financeiras, não conquistou grandes títulos e caiu duas vezes para a segunda divisão. A base do clube, acostumada a revelar grandes talentos, também não deu as caras como podia. Mas uma joia brilhou com a camisa cruzmaltina: Morais.
O meia baixinho e muito habilidoso foi um raio de luz por anos no Vasco. O bom desempenho individual rendeu até convocação para a seleção brasileira. Os maus momentos do clube carioca culminaram na saída de Morais, que rodou por meio Brasil sem conseguir o mesmo sucesso. Hoje, joga no CRB, seu primeiro clube de infância.
9. De camisa 10 a andarilho…
Imprescindível na conquista da Copa do Brasil em 2001, pelo Grêmio, Luís Mario tornou-se um tremendo andarilho da bola. Depois da passagem vitoriosa pelo Sul, o Papa-Léguas jogou por mais de 15 equipes.
Aos 38 anos e depois de ter encerrado a carreira, voltará a jogar profissionalmente. Seu novo desafio é o Novo Hamburgo, onde reencontrará o Tricolor que o projetou ao mundo.
10. Os 15 segundos de fama…
Um garoto que quase ninguém lembra teve seus 15 segundos de fama no jogo entre Flamengo e Santos, vencido pelo rubro-negro na Vila Belmiro, que ficou conhecido pelo “dia em que Andrade chorou”.
O Tromba lançou o jovem Bruno Paulo, então com 19 anos e o menino fez bonito: azucrinou a defesa do Peixe e fez a jogada para o gol da vitória. Só que, a partir daí, o caldo entornou. Pediu um aumento obsceno à diretoria, que não topou. Bruno Paulo deixou o Flamengo, passou por Palmeiras, Vasco, Bahia e, aos 24 anos, não tem encontrado mais espaço no futebol.
Fonte: 90min