Falando de Flamengo – O debate futebolístico da semana nas redes sociais, infelizmente não é sobre o Campeonato Carioca que se inicia hoje; melhor dizendo; é, mas gira em torno da definição dos preços máximos dos ingressos pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro.
Vejo muitas pessoas de bem com calculadora em punho tentado convencer, ou se convencer, de que o intervalo entre R$5,00 e R$ 50,00 é mais do que justo para o espetáculo nada promissor que se anuncia. Entretanto, gostaria de chamar a atenção para o tamanho do bode que o senhor presidente da FFERJ, com o auxílio nada luxuoso de Eurico Miranda, colocou na enorme, recheada e reformada sala de troféus do Flamengo: tabelamento de preços.
A magia do esporte é ser uma simulação controlada das expectativas, frustrações e conquistas da vida cotidiana e, com o futebol, isso é ainda mais evidente; é o esporte no qual o resultado é mais imprevisível. Onde Davi tem mais chances de vencer Golias. Pois bem, nesse momento, estamos travando uma enorme batalha do bem contra o mal. E não é dentro das quatro linhas. É no entorno.
No momento em que o Flamengo se reestrutura e, com uma administração profissional, paga, com sacrifício da sua própria razão de existir, impostos, dívidas trabalhistas e outras de todas as ordens que se amontoavam nos escaninhos da Gávea. Sorrateiramente, pessoas (de dentro e de fora do clube), se ocupam de boicotar o projeto de elevar o clube a um patamar superior no cenário nacional e internacional.
Não bastasse a legislação sobre gratuidades e meias-entradas ser um escárnio no Rio de Janeiro, a FFERJ se arvora no direito de estender a todos (ou a ninguém) o direto à meia-entrada e a dizer quanto pode ser cobrado pelo ingresso dos jogos. Em uma tarde de baforadas só, atentou contra a lei, contra o programa Sócio-Torcedor e contra o contrato celebrado entre o Flamengo e o consórcio que administra o Maracanã. Melhor microcosmo da realidade brasileira impossível.
Como deve estar difícil ser um clube-cidadão que, enquanto não abre mão de pleitear a diminuição da carga tributária, vai pagando suas obrigações em dia. Como deve ser desgastante fazer as coisas certas e ouvir que no futebol não é assim que funciona. O Flamengo de hoje é o sapo surdo que, por não ouvir que seria impossível, foi lá e fez.
Não é mais somente sobre o Rubro-Negro ou sobre futebol, é sobre o país que queremos. É esse tipo de luta do bem contra o mal que teremos que enfrentar no caminho rumo ao desenvolvimento. Respeito aos contratos e à livre iniciativa.
Sou otimista e acredito que esse imbroglio servirá para discutirmos a concessão do Maracanã e a necessidade de que seja reformada a forma de organização do futebol brasileiro que nos levou ao 7×1, mas é triste ver como o passado ruim se encarrega de retornar em forma de pesadelo.
Bem, a luta entre o bem e o mal está posta e eu já escolhi o meu lado. E você?
Cadu Silva, carioca, servidor público, morador de Manaus, Sócio-Torcedor, Sócio off Rio, ‘Darfeiro’ e Flamengo até morrer.
No Twitter, @cadumarsilva
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Texto muito bom, cara!!!
Tratam-se de bandidos, sempre foram bandidos. Esta na hora de fazermos valer a nossa relevância dentro desse contexto. Acho que poderíamos fazer excursões ao exterior que fossem bem remuneradas com alternativa.
Não podemos nos curvar em pleno século XXI a um bando de bandidos travestidos de cidadãos, que não respeitam os direitos elementares como a livre expressão e se arvoram no direito de definir preços de jogos de outros times como se a lei de mercado não pudesse democraticamente ser aplicada. Não sei exatamente o que nos impede de ir na justiça contra esse bando pilantras, porém acredito nos Blues e acho que eles estão avaliando todos os detalhes.
Vida longa aos Blues.....
Concordo plenamente!
Ótimo texto Cadu Silva! E o Flamengo tem que prosseguir em busca de melhoras no futebol e administração e não se intimidar pra certos grupos... Vamos mandar o Euvírus Pilantra com o vascocô pra segundona que é o lugar deles. Euvírus pilantra e vascoco tem que ir pra segundona... O Vasco não merece a primeira divisão nem no estadual.
Até amistosos pelo Brasil e internacionais dariam mais lucro ao Flamengo e sua torcida que jogar o estadualzinho...
O que me chama a atenção para este episódio, é o tamanho da influência de Eurico Miranda no futebol do rio de janeiro. Talvez isso explica o fato do ex presidente Macio Braga não ter conseguido melhorar ou ajudar a melhorar o nosso futebol, lá atrás. Mais essa Diretoria é diferente, ela não é só um presidente com boas idéias e sim um grupo forte e unido em próu de um flamengo mais forte e consequentemente um futebol melhor.
Vai ser uma dura luta mas no final o bem sempre sempre vence tamos junto 100% Bluss
Parabens pelo excelente texto..tamo junto.."O bem vence o mal, espanta o temporal..."