Carioca 2015, o que fazer?

E hoje começa o Campeonato Carioca, a famosa competição que a maioria das pessoas ama odiar ou odeia amar. E o que esperar do Flamengo? Bom, se você estava aguardando uma resposta para essa pergunta baseada somente no que acontece dentro de campo, pode fechar esta janela ou então ler outro texto aqui do site.

A grande questão que quero abordar neste texto não é se somos favoritos ou o nível dos nossos rivais e sim se vale a pena entrarmos na competição com a nossa força máxima, principalmente depois de toda a polêmica que tem agitado os bastidores. A resposta é simples: não. E explico abaixo o porquê.

A meu ver, os campeonatos estaduais já estão batidos. Eles obviamente fornecem momentos memoráveis como o gol do Pet em 2001, porém, em sua imensa maioria é um grande fiasco. Fracasso de mídia, público e de um nível baixíssimo, onde tanto torcida quanto times vão ‘empurrando’ a fase de pontuação com a barriga até chegar ao mata-mata.

Além disso, a FERJ em 2015 vem tomando muitas decisões polêmicas e fazendo com que o Cariocão deste ano traga prejuízos aos clubes. Seria cômico se não fosse trágico.

Sei que é utópico pensar assim, mas o ideal seria que os estaduais acabassem e voltassem a existir campeonatos regionais, como o Rio-São Paulo, Sul-Minas e etc. Mas isso não acontecerá porque há muito mais coisa envolvida na organização dos campeonatos do que é de conhecimento do grande público, então, o que fazer nesta situação?

Na minha opinião, o Flamengo no Carioca de 2015 deve se portar da seguinte forma: time reserva ou junior o tempo inteiro, inclusive nos mata-matas. E jogando em estádios pequenos do Rio de Janeiro mesmo, como Moça Bonita, Rua Bariri ou Conselheiro Galvão, deixando o Maracanã somente para a fase decisiva.

Enquanto isso, o time principal continuaria a pré-temporada, e poderia fazer uma excursão pelo Brasil ou até mesmo internacional para disputar uma série de amistosos ou até mesmo organizando outros campeonatos como foi este último “Super Series” em Manaus. Afinal vale muito mais jogar um amistoso contra o São Paulo do que um jogo ‘sério’ contra o Boavista.

Todo ano os clubes reclamam da FERJ, das regras e regulamentos do campeonato mas nada fazem para mudar este panorama. Portanto, caso queiram mudar algo, é preciso começar mudando a atitude do clube perante o estadual e essa seria uma ótima forma de sinalizar que o formato atual não dá mais para continuar.

SRN

Leonardo Resende

leo.resende07@gmail.com