ESPN – Quatro clubes manifestaram interesse desde o ano passado pelo volante Jonas, Cruzeiro e Fluminense ficaram para trás, o Corinthians chegou a dar como certa a contratação do atleta do Sampaio Corrêa, e o Flamengo finalmente o anunciou como seu novo reforço.
Mas, afinal, quem é o jogador que atrai o interesse de tantas equipes de peso do futebol brasileiro?
Jonas Gomes de Sousa nasceu em 8 de outubro de 1991 em Teresina, Piauí e defendeu o time que leva o nome do estado e o conterrâneo Comercial antes de se transferir para o futebol maranhense.
Com 1,80m e 79kg, o meio campista se destacou durante a última edição da Série B do Campeonato Brasileiro como um grande roubador de bolas.
Ele foi o primeiro colocado do quesito na competição com 131 desarmes certos e aproveitamento de 84%. O alto número de tentativas o deixou também como o líder de desarmes errados, com 25.
Jonas ainda se destacou em outros dois fundamentos com a camisa do Sampaio Corrêa, um negativamente e outro de maneira positiva: foi o sexto jogador com mais faltas cometidas (80) e o oitavo com mais viradas de jogos certas (47) na segunda divisão de 2014.
“Acho que o Corinthians perdeu um bom negócio. Jonas é um bom jogador, de contenção, especialista da marcação. A dificuldade dele, o ponto fraco, é a saída de bola, ele tem dificuldade nisso, não chuta no gol. Mas é muito bom no desarme. É um jogador que em pouco tempo deve se firmar”, opina o jornalista Herbert Fontenele, da Rádio Mirante de São Luís.
Para Fontenele, Jonas chegará à Gávea por um preço baixo. O Flamengo deve pagar R$ 2 milhões por 80% do passe do atleta, menos do que os R$ 3 milhões por 50% dos direitos que seriam desembolsados pelo Corinthians. Seu salário deve ser de R$ 60 mil.
Homem simples
Jonas não está acostumado a cifras elevadas e a badalação em torno do seu nome. Como tantos outros atletas do futebol brasileiro, ele tem origem pobre e abandonou a escola antes de terminar o ensino médio.
“Venho de família humilde, meu pai é pedreiro em Teresina, e minha mãe é dona de casa mesmo. Chegou uma hora que tive que escolher entre o futebol e a escola, aí arrisquei, né.”
Evangélico, ele não só participa, como às vezes é o orador do grupo de orações do Sampaio Corrêa. “Sempre fazemos reuniões, e quando o administrador pede, eu leio uma palavra. A gente marca o horário e diz onde vai ser no grupo do WhatsApp, e quem quer vai, independente de ser católico ou de outra religião.”