FERJ acusou Flamengo de usurpar dinheiro dos sócios.

PVC – Uma das acusações ouvidas pelo presidente do Flamengo, Eduardo Banderia de Mello, na reunião do Conselho Arbitral, ontem, no Rio de Janeiro, foi de seu clube fazer promoções para os sócios-torcedores e prejudicar com isso a arrecadação dos times pequenos. A lógica da Federação, irritada com a nota publicada em conjunto por Flamengo, Fluminense e Consórcio Maracanã, é cruel. Na prática é a Federação quem cobra 10% de taxa dos clubes. Flamengo, Fluminense e Botafogo criaram seus programas de sócios-torcedores com o patrimônio maior de cada clube: sua própria torcida.

A guerra do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro continuará hoje, com a estreia do Botafogo contra o Boavista e do Flamengo em Macaé. O presidente rubro-negro Eduardo Bandeira de Mello ainda tem esperança de que a Federação mude a política de preços, que prevê meia entrada para todos os bilhetes e o preço mais alto a R$ 50.

Está claro que o Flamengo abusou dos preços altos nos últimos anos e é possível até que os preços baixos faça o Campeonato Carioca ter média de público nos estádios maior do que os 4230 do ano passado. São dois aspectos da história. A questão é que a privatização do Maracanã tornou caríssimos os jogos no ex-maior do mundo, o que reforça a teoria de rubro-negros e tricolores de que haverá prejuízo de R$ 3 milhões pela participação no estadual com ingressos a R$ 50, o mais caro.

A definição dos preços dos ingressos é direito dos clubes. Fazer sua política de sócios-torcedores também. Mesmo que em vários momentos o Flamengo tenha extrapolado nos preços, é também direito do clube errar e corrigir seus próprios erros.