Fla e Paulistano revivem final em momentos diferentes.
No dia 31 de maio de 2014, Flamengo e Paulistano faziam uma surpreendente decisão do NBB 6 na lotada Arena da Barra, não por “culpa” dos cariocas, favoritos ao título, e sim pela presença da equipe paulistana, que deixou pelo caminho forças como Brasília e São José. Porém, quase oito meses depois, o cenário é diferente. O duelo pela primeira rodada do returno da sétima edição, que será disputado na Arena da Barra, não vale luta pela ponta da tabela: o foco é a permanência no G4 para o quarto colocado Flamengo e a entrada, para o Paulistano, o sétimo. Quem terminar nas quatro primeiras posições avança direto às quartas. A partida está marcada para as 21h. Campeão de tudo, o Rubro-Negro vive sua fase mais instável das duas últimas temporadas. A equipe amarga duas derrotas consecutivas – três nos últimos quatro jogos – e um total de cinco no primeiro turno. O líder Limeira perdeu somente um jogo. Os semblantes e os tons adotados pelos jogadores e pela comissão técnica eram de preocupação na saída de quadra, após a derrota para o Bauru, na terça-feira. – Se eu falar que está tudo bem, estarei mentindo. Não está tudo bem e isso, é claro, nos preocupa. Temos um time acostumado a ganhar mais do que perder. Talvez seja uma coisa nova que temos que trabalhar e aprender a lidar – ressaltou o técnico José Neto. Mesmo com o time fazendo menos de 80 pontos nas duas últimas partidas, o que mais incomoda o treinador no momento é a falta de intensidade de seu sistema defensivo, que tem média de 83 pontos sofridos. Pensando no duelo com o Paulistano, Neto alerta para a necessidade de marcar bem. – É um jogo contra uma equipe que está na mesma posição da gente (na verdade, está próxima, em 7º), com um poderio defensivo muito grande. Para vencê-los, temos que nos impor no ataque e defender melhor. Contra o Bauru, nós defendemos bem, não fomos tão mal, mas precisamos melhorar – avaliou. Com uma campanha inferior (duas derrotas a mais) em relação ao adversário, o atual vice-campeão brasileiro pode respirar um pouco mais aliviado pelo retrospecto recente. Nas últimas quatro rodadas, foram três vitórias e uma única derrota para o líder Limeira, fora de casa e na prorrogação. O posicionamento na tabela é algo esperado para o tamanho do investimento, mas o objetivo na sequência da competição é maior do que o alcançado no primeiro turno. – Se compararmos com o ano passado, (a campanha) ficou aquém mesmo. Nesta fase, éramos segundo, mas temos que contar que ano passado foi algo extraordinário, contando com a força de investimento dos outros times. Começamos mal no inicio deste campeonato, já que nossa tabela é muito forte. Nossa sequência foi só contra times de cima da tabela. Nossa ideia é ficar entre os quatros primeiros e termos aquele descanso importante (não jogar oitavas, só as quartas) – avaliou o técnico do Paulistano, Gustavo de Conti, o “Gustavinho”. A instabilidade vivida pelos cariocas preocupa o treinador paulista, que sabe como seu time deve se portar dentro de quadra para sair vitorioso na noite desta quinta-feira e impor a terceira derrota consecutiva ao oponente. – No basquete, a maneira mais fácil de se vencer é essa: marcar muito, sair rápido nos contra-ataques e pontuar. Temos que jogar rápido e explorar esses contra-ataques. Quanto ao aspecto do Flamengo, esse momento dificulta ainda mais para a gente. Eles estão com todos os sinais de alerta ligados, treinando mais forte, mais atentos, se preparando melhor. Talvez fosse melhor pegá-los não tão focados, com a guarda mais baixa – afirmou o amigo de José Neto e também auxiliar da seleção brasileira. {{#values}} {{#ap}} {{/ap}} {{^ap}} {{/ap}} {{/values}}