Até 20 minutos antes de a bola subir, o pequeno público e os jogadores de Flamengo e Bauru presentes na Arena da Barra eram castigados com o intenso calor que fazia no local e que tem atordoado os moradores do Rio de Janeiro nas últimas semanas. O sistema de refrigeração do ginásio estava desligado e existia a dúvida se seria ligado para o jogo mais esperado do NBB 7, que terminou com vitória da equipe paulista por 84 a 77 (46 a 36).
Durante o aquecimento, alguns atletas do time paulistas questionavam sobre a situação. Um deles se virou para a reportagem do GloboEsporte.com e brincou: “Se ficar assim, não tem segundo tempo”. Outro deles virou-se para um profissional do staff rubro-negro e disparou: “Nem água?”. Tudo providenciado, o clássico começou.
Ao saber sobre as declarações bauruenses, o diretor-executivo do Flamengo, Marcelo Vido, adotou tom de irritação e comparou a situação com a vivida pelo seu clube quando atua fora de casa.
– Sempre tem alguém pra reclamar. Se joga no Tijuca, é quente. Aqui (Arena da Barra), é longe. No ginásio deles tem (ar)? Fomos jogar agora em Limeira e sofremos com o calor também. Não é desculpa não. O ginásio deles chama-se Panela de Pressão, por quê? O ar é para ser ligado pouco antes do jogo mesmo – defendeu-se.
Vido relembrou que, quando o Flamengo esteve nos EUA para enfrentar três das franquias da NBA, o grupo treinou em um ginásio secundário também para evitar gastos em excesso.
– Treinamos em um ginásio pequeno. Você acha que foi no ginásio onde jogamos? Eles também fazem isso na NBA – completou.
Além da questão da refrigeração, a Arena da Barra teve alguns outros percalços. Os refletores só foram ligados na sua totalidade já com o embate rolando, assim como o número de faltas expostas no placar. O número de pontos de cada jogador, jamais apareceu. Para finalizar, o cronômetro dos 24 segundos não voltava diretamente aos 14s, como manda a nova regra para rebotes ofensivos adotada pela FIBA (Federação Internacional de Basquetebol) desde o último mês de outubro. Por conta disso, toda vez que um rebote de ataque era apanhado, o relógio voltava aos 24s e a posse de bola se encerrava aos 10s.
– O André Guimarães (supervisor do Flamengo) me explicou que foi um problema com um software, mas que tudo está normalizado para agora – relatou Vido ainda durante o intervalo de jogo.
Fonte: GE