Aos 36 anos Léo Moura lida com a desconfiança de parte dos rubro-negros, entre eles membros da própria diretoria do Flamengo, que ofereceu um novo contrato válido apenas até o fim do Campeonato Carioca, enquanto o jogador queria um vínculo mais longo. Além disso, Pará foi contratado junto ao Grêmio, o que pode significar o banco de reservas para Léo Moura, caso Vanderlei Luxemburgo opte pelo reforço. Mas a escolha por um ou por outro não é tão simples, pelo menos de acordo com os números do Espião Estatístico*.
Os dados de Léo Moura e de Pará ao longo do Campeonato Brasileiro de 2014 mostram que a produção dos dois é semelhante, apesar de o ex-gremista ser sete anos mais jovem – completa 29 anos em fevereiro que vem – e ter merecido mais crédito do clube ao assinar contrato.
Léo Moura e Pará fizeram a mesma quantidade de jogos, 33 cada, sendo que o flamenguista foi sempre titular e o então gremista entrou uma vez na etapa final. Nos minutos jogados, uma diferença bem sutil a favor de Pará: 3.051 min, contra 3.008min de Léo Moura. Ambos cumpriram duas suspensões (sendo uma de Léo por expulsão). Pará não teve lesões, mas foi poupado de um jogo e ficou no banco sem entrar em outros dois. Já Léo perdeu um jogo por lesão muscular (sentiu na 32ª e desfalcou na rodada 33ª) e foi poupado em outros dois.
Em termos de ataque, bastante equilíbrio. Ao contrário de Pará, que passou em branco, Léo Moura fez um gol no Brasileirão 2014, marcado de pênalti, mas também desperdiçou a outra cobrança que fez durante a competição. Ao todo, Léo finalizou 11 vezes e Pará, 13, cada um acertando a direção do gol três vezes (incluindo o pênalti perdido por Léo Moura). Como curiosidade, nas duas faltas que cobrou, Pará acertou a barreira. Léo não bateu nenhuma.
Há igualdade entre eles em assistências, com uma cada, mas Léo Moura mostrou-se mais importante para seu time no que diz respeito aos passes gerais para finalizações dos companheiros. Foram 31 (11% do total do Flamengo) contra 26 de Pará (8,5% do total do Grêmio). Com um detalhe: Léo foi mais à linha de fundo nessas jogadas. Ele fez 12 passes para finalização a partir da ponta direita (38,7% do seu total), enquanto Pará apenas quatro (15,4%). Pará serviu desde a intermediária em 69,2% das vezes, enquanto Léo em 45,1%.
Como marcador, Pará dá sinais de ter mais vigor. Ele roubou 48 bolas contra apenas 35 de Léo Moura no último Brasileiro. Seu maior número de faltas cometidas, embora passível de críticas, também demonstra seu ímpeto no combate. Foram 42 contra apenas 25 infrações de Léo Moura. Somadas as roubadas com as faltas cometidas, Pará tem 90 dessas ações defensivas contra 60 do concorrente Léo. Nos cartões amarelos, Pará tomou sete e Léo, cinco, mas o veterano de Flamengo foi expulso uma vez, enquanto o recém-contratado não recebeu vermelhos.
A disputa está aberta e, por enquanto, igualitária. Nos dois primeiros amistosos do Flamengo em 2015, contra Shakhtar Donetsk e Vasco, Léo e Pará jogaram em um tempo cada. O capitão iniciou como titular em ambos os compromissos.
Veja abaixo os números dos laterais rubro-negros:
Fonte: GE