UOL – A polêmica criada em relação aos preços populares adotados para o Campeonato Carioca, que racharam o futebol do Rio de Janeiro, deverão ter como consequência a retirada de jogos de Flamengo e Vasco do Maracanã no Estadual, cada um por um argumento diferente.
O Rubro-Negro alega que, nestas condições, atuar no estádio onde possui contrato trará prejuízos na ordem de R$ 3 milhões.
“É uma possibilidade, tudo isso está sendo considerado. Se jogar no Maracanã for oneroso para o Flamengo, vamos ter que considerar as alternativas dos outros estádios. Considero isso desagradável, já que além do prejuízo financeiro, e não sei a quem interessa o Flamengo ser prejudicado financeiramente, também há o prejuízo técnico. E o Flamengo foi o que mais prestigiou esse Carioca, se preparando, montando uma equipe competitiva, mas infelizmente tivemos que sofrer com essa situação”, lamentou o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello.
Já a posição do Vasco para abdicar do Maracanã tem outro viés, e está diretamente relacionada a postura adotada pelo consórcio que administra o estádio.
“Nesta situação, não há hipótese do Vasco jogar no Maracanã. O Vasco não se submete ao que o consórcio determina para o Vasco jogar. O Vasco não joga nem que seja com a Seleção Brasileira com o consórcio determinando como a coisa vai acontecer. Isso fere todos os princípios e o Vasco não aceita”, informou o presidente cruzmaltino Eurico Miranda.
O mandatário vascaíno aproveitou o assunto para colocar um ponto final em relação a polêmica do lado das torcidas de Vasco e Fluminense no Maracanã.
“Isso está superado a partir do momento em que não jogo no Maracanã. E se jogar no Maracanã, vou jogar no lado que é por direito do Vasco, mas como não vamos jogar no Maracanã, não vamos nem discutir isso”, decretou.
O Cruzmaltino atuou no Maracanã durante anos concentrando sua torcida do lado direito das cabines de rádio ao conquistar tal direito por ser o primeiro campeão carioca no estádio. O Fluminense, porém, assinou em 2013 um contrato com o consórcio que administra o local e escolheu o mesmo setor para abrigar os tricolores. Desde então, os clubes alimentam tal polêmica.