Renato Maurício Prado – Insuflado por seu velho amigo e parceiro, que reassumiu a direção do Vasco, o presidente da Federação de Futebol do Rio, Rubens Lopes, resolveu se transformar num ditador. Quer decidir quais serão os preços dos ingressos, os locais em que ficarão as torcidas, no Maracanã, e se acha no direito até de proibir que se fale mal do “seu” Campeonato Estadual, sob pena de multa. É ou não é uma piada de mau gosto?
Faz tempo que, de uma maneira geral, as federações (e a própria CBF) atrapalham muito mais do que ajudam os clubes e o futebol brasileiro. O que me deixa perplexo é ver como os verdadeiros donos do espetáculo continuam a se acovardar e a abaixar a cabeça diante do oceano de absurdos que os cartolas perpetram, sabe-se lá em nome do que e de quem.
O Maracanã, por exemplo, é, atualmente, uma empresa privada, que fez seus contratos diretamente com Fluminense e Flamengo. Com que autoridade a Federação vai se meter nisso? Baseado em que decide transferir o jogo do Flu para Volta Redonda, prejudicando não somente o time tricolor mas também os seus torcedores?
Qual é, na verdade, a utilidade das Federações, que mamam gordos percentuais das arrecadações (no caso do Rio, absurdos 10%!) e nada fazem além de se preocupar em se manter no poder, inchando os campeonatos e fazendo demagogia com clubes e ligas do interior?
Já não basta produzirem torneios que têm médias de público inferiores às das competições de futebol no Vietnã, Tailândia, Uzbequistão, Indonésia, Irã e que tais, como mostrou bela reportagem do “Correiro Braziliense”, reproduzida no Redação SporTV?
Quando os clubes tomarão coragem e lançarão o seu grito de independência, criando a tão esperada Liga Profissional? Não é possível que tendo o futebol se tornado um enorme e milionário negócio como se tornou no mundo todo, continuemos a ser geridos por amadores trapalhões, com traços e tiques de ditadores de repúblicas das bananas.
Se seguirmos assim, 7 a 1 vai ser pouco num futuro próximo.
FURADA
Sabe-se lá por que escrevi, na coluna passada, que o responsável pela equipe de preparação física do Flamengo era Alexandre Lopes (?!?). Santa idiotice, Batman! Estou careca de saber que o preparador que acompanha Vanderlei há séculos é o competente Antônio Melo, a quem peço as merecidas desculpas.
NA PISTA
O presidente da Unimed, Celso Barros, está fazendo tudo que pode para negociar os jogadores do Fluminense com quem ainda tem contrato (casos de Fred, Cícero, Walter etc). Ele tem se encontrado com empresários e até dirigentes de outros clubes, mas exceção feita a Conca (que voltou para a China), não tem obtido muito sucesso nas negociações.
A amigos, Celso vem confidenciando também que pensa em se candidatar à presidência do Fluminense nas próximas eleições, em 2017. Resta saber se terá chances, sem poder trazer mais no bolso a grana da Unimed, onde sua derrota no futuro pleito é dada como certa, diante do fragoroso fracasso financeiro da instituição.
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