André Rocha – A proposta de jogo baseada em velocidade e movimentação do Flamengo para 2015 enfrentou alguns obstáculos no primeiro tempo em Volta Redonda.
O maior deles a correta atuação do Resende, comandado por Edson Souza. Um 4-4-2 bem coordenado, compacto, com momentos de pressão na saída de bola adversária e perigo nas cobranças de lateral de Cássio direto na área. No início corajosamente mantendo Jhulliam e Giovane Maranhão na frente, depois recuando um deles para bloquear o homem da saída de bola rubro-negra: Canteros.
Como previsto por aqui, o meio-campista argentino ganhou ainda mais importância para Vanderlei Luxemburgo. É ele quem comanda a troca de passes, inverte o jogo, orienta os companheiros. Com Marcio Araújo, muitas vezes se posiciona à frente da defesa para distribuir o jogo de trás. Errou alguns passes, mas novamente foi fundamental.
O problema, porém, estava no bloqueio à frente do goleiro Arthur que negava espaços a Nixon, Arthur Maia, Everton e Marcelo Cirino. O quarteto ofensivo do 4-2-3-1 tentava trocar posicionamento, acelerar nos últimos vinte metros, mas sem o passe final, pela atuação discreta de Maia como meia central.
Os laterais Pará e Anderson Pico buscaram o apoio alternado, tentando dar profundidade aos ataques. Faltou o cruzamento preciso, prejudicado em alguns momentos pela ausência de uma referência na frente. Sem opção de passe, até Samir se lançou ao ataque e arriscou um chute de longe.
As melhores chances, porém, foram de Cirino, roubando a bola na área adversária e batendo para defesa do goleiro e a jogada bem trabalhada pela direita depois de um escanteio que encontrou Wallace livre, mas o zagueiro Lucas Maia salvou quase sobre a linha.
O Flamengo teve 61% de posse, mas finalizou apenas seis vezes contra sete do Resende – três no alvo para cada equipe. Números que ressaltam a atuação consistente do time do Sul Fluminense.
O cenário começou a mudar já no início do segundo tempo, com Cirino procurando o lado esquerdo. Por ali saiu a jogada para cabeçada de Nixon com perigo e a infiltração do próprio Marcelo que Arthur salvou. Mas também houve um susto, com o jovem goleiro César errando a saída da meta e vendo a bola bater no travessão.
Luxemburgo tirou Arthur Maia e colocou Alecsandro. Everton foi para o centro, atrás do centroavante, e Cirino seguiu à esquerda. O camisa sete atraiu a marcação e serviu Anderson Pico, que desceu por dentro e acertou chute preciso.
A vantagem e a entrada de Luiz Antonio na vaga de Nixon reorganizaram o Fla em duas linhas de quatro, com Everton voltando ao lado esquerdo e Cirino fazendo companhia a Alecsandro para os contragolpes. O resultado prático veio no lançamento preciso de Luiz Antonio para Cirino disparar, mais uma vez pela esquerda, e ser empurrado na área por Admilton.
Alecsandro converteu o pênalti e o Flamengo administrou a vantagem com relativa tranqüilidade até Pico rebater de forma bizarra o cruzamento de Marcel e mandar nas redes de César. O Resende tentou uma pressão final em busca do empate, mas as substituições na frente tiraram velocidade e poder de fogo.
Também faltou fôlego. Com pré-temporada um pouco mais longa, os grandes vêm se impondo no aspecto físico, especialmente nos vinte minutos finais. A destacar também a eficiência nas conclusões: de 13, oito foram na direção da meta de Arthur. O Resende errou 11 em 15.
Assim como contra o Macaé na estreia do Estadual, o Flamengo que tenta ser intenso, rápido e móvel precisou do típico camisa nove para superar um sistema defensivo bem organizado. Principalmente por enviar Marcelo Cirino para o lado do campo. O principal reforço rubro-negro até aqui fez a diferença em sua função original.
Jogando o torneio como favorito, a tendência é que isso se repita em quase todos os confrontos com os times de menor investimento. Luxemburgo vai testando e amadurecendo ideias, ganhando opções.
Mas espera o meia criativo para facilitar a velocidade na frente, ainda a prioridade para a temporada.
“precisou do típico camisa nove para superar um sistema defensivo bem organizado” ????
kkkkkk… O Alecgol só teve o trabalho de cobrar o pênalti!!!! ashuashuashu…
Acredito que esteja de bom tamanho as contratações já feitas. Agora é honrar os compromissos já firmados (como pagamento de dívidas e salários em dia) e no ano que vem fazer vôos maiores (contratações).SRN!
O time pro carioca e esse.
Negócio e esperar acabar o carioca com e usar o estadual para dar conjunto.
No brasileiro manda o leo moura embora e com a grana traz um meia bom e arruma um reserva pro para e fechou o elenco.