Falando de Flamengo – A rodada iniciada na quarta-feira de cinzas dava indícios de que teria um final feliz para o Mengão. Depois do, até então líder, Fluminense perder sua invencibilidade na partida contra o Volta Redonda, e o Barra Mansa tropeçar em um empate vergonhoso com o eterno vice, bastava o Flamengo vencer o Boavista marcando pelo menos dois gols para pegar a liderança do campeonato.
Embora eu acredite que a FERJ deveria colocar o número de rebaixamentos como primeiro critério de desempate, a missão para colocar a gente no lugar merecido não era difícil. Se observarmos que esse número no placar só não aconteceu na primeira rodada, naquele jogo bastante esquisito contra o Macaé, e que o nosso adversário era o quase (agora atual) lanterna, era só esperar que tudo acabaria conforme o esperado.
Infelizmente essa espera foi na base da ansiedade, já que no primeiro tempo o time não jogou muito bem. As imagens em câmera lenta no intervalo antes dos comerciais no PFC só mostraram caneladas, servindo de um belo resumo para quem chegou atrasado por causa do trabalho.
Conforme já vem acontecendo, o Flamengo voltou melhor para a segunda etapa e deu uma tranquilizada de que a meta seria cumprida. Logo aos 11 minutos o Nixon deu um passe certeiro na frente pro Cirino que correu mais do que o vento para mandar a bola pra rede. O gol até poderia não ter saído, mas no exato momento do passe eu larguei a cerveja e soltei belas palavras em alto e bom som: “Ih, agora F#%@$!”. De vez em quando ele vacila nas finalizações, mas alcançar o cara é difícil!
Apesar de em alguns momentos o time ter dado umas vaciladas, exceto no final do jogo o Boavista não ameaçou em nada. O que me “preocupou” foi que o quase nulo “perigo” foi criado por um atacante chamado Max Pardalzinho, e jogadores com alcunhas peculiares têm uma certa tendência a aprontar em horas e lugares inadequados.
O segundo gol da partida, marcado pelo mito Éverton, também teve a participação efetiva do Cirino e novamente se originou de um passe bem maneiro. Pronto, dois a zero, chora foguinho. Mengão novo líder!
E o Léo Moura? Pela conversa na beira do gramado após o apito final, a situação está mais do que encaminhada para que ele realmente vá para os Estados Unidos jogar no time do Ronaldo, o Fort Lauderdale Strikers.
Particularmente estou gostando bastante da forma como ele encerrará sua era no Flamengo. É uma excelente maneira dele continuar jogando mais um tempo, possivelmente sem tanta cobrança quanto a que está tendo por aqui (e a tendência é aumentar) e sem acabar indo para outro clube brasileiro, o que poderia confundir as coisas para parte da torcida.
Resumindo tudo sem precisar citar os títulos, a importância dele e até o enorme número de vezes que vestiu o Manto Sagrado, somente resta dizer que ele merece muito mesmo um excelente final de carreira por tudo que fez.
E no fim do carnaval, feriadão que geralmente termina trazendo uma baita ressaca, deixou com dor de cabeça apenas os sofredores torcedores que escolheram de forma equivocada seu respectivos times. Enquanto isso, quem é da Nação Rubro-Negra está pronto para a próxima festa.
Felippe Fogli