Aniversariante Leandro aprova Pará na vaga de Léo Moura

Marluci Martins – Imortal na história do Flamengo, o ex-lateral-direito Leandro completa 56 anos nesta terça-feira, ainda ligado no time de coração e, principalmente, na posição tão honrada por ele nos seus tempos de jogador. Pará, o novo dono do pedaço, tem sua aprovação. A camisa que o preocupa é a 10 no momento.

– Não estou preocupado com a lateral direita. O Flamengo tem um bom jogador (Pará), que pode crescer ainda mais agora, com a saída do Leo Moura. Ele vai pegar confiança. Já gostava dele, quando entrava no lugar do Leo, que vai fazer falta, é claro, por sua experiência e liderança. Acho que ainda falta um camisa 10 criativo no time. Os jogadores se dedicam, mas isso não basta. O Montillo seria uma boa aquisição, tomara que venha. Pelo terceiro ano consecutivo, o Flamengo vai disputar o Brasileiro sem a gente poder considerá-lo um dos favoritos – disse Leandro.

Ao contrário de Leo Moura, Leandro, um dos maiores da história, não teve festa de despedida quando, vencido pelas insuportáveis dores no joelho, decidiu se aposentar, em 1990.

– Meu último jogo foi contra o Bangu, pelo Estadual. Perdemos por 2 a 1, o treinador era o (Valdir) Espinosa. Percebi que não estava rendendo e, para não apagar o que tinha feito no futebol, resolvi parar. Nosso gerente era um tricolor doente, o Francisco Horta, e eu comuniquei a ele minha decisão. O (George) Helal, presidente, sugeriu uma despedida, mas eu não botei força. Fiquei contente pelo jogo de despedida do Leo Moura. Hoje em dia é difícil um jogador passar dez anos num clube. E ele respeitou sempre o Flamengo.

Atualmente, Leandro vive em Cabo Frio, onde tem uma pousada desde 1997. E poucas vezes visita o Flamengo.

– Às vezes, até apareço para rever os amigos, mas a Gávea era nosso xodozinho, e o time não treina mais lá. Sendo convidado para algum evento, eu vou. Mas não abandonei o clube. Depois que parei, me tornei um torcedor mais chato – destacou o aniversariante, que não faz questão de comemorar a data. – Depois dos 50, a gente não conta mais o tempo. E eu já estou com 56 – encerrou.