ESPN – Os jogos entre os clubes pequenos do Campeonato Carioca estão mais em conta. Ao menos nos borderôs divulgados pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). A partir da oitava rodada da competição, os jogos disputados entre os times de menor expressão tiveram as despesas, em média, drasticamente reduzidas: de R$ 14 mil para R$ 3 mil.
De acordo com números do site Futdados, os 35 jogos entre pequenos disputados até a oitava rodada acumularam R$ 494 mil de despesas. Da nona jornada até a 11ª, última disputada, o número chegou a R$ 40 mil. O porquê da redução, ninguém sabe. Nem mesmo a Ferj. Em contato com a reportagem, via assessoria de imprensa, a Federação informou que os custos dos jogos são descontados das cotas de tv dos clubes. Sobre a redução súbita, a Federação não soube informar o motivo.
Basta uma leitura mais atenta aos borderôs para constatar que itens listados em despesas simplesmente desapareceram. Mesmo com o mando do mesmo time, no mesmo estádio. Caso do Barra Mansa. Na oitava rodada, o Leão do Sul mandou seu jogo no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Na derrota de 1 a 0 para o Madureira foram listados 16 itens de despesas da partida, com cobranças e transporte, ingresso promocional, taxa Ferj, delegado e ouvidoria. O valor dos custos foi de pouco mais de R$ 15 mil.
Na última semana, o Barra Mansa voltou ao Raulino de Oliveira para mandar o seu jogo na vitória de 2 a 1 sobre o Nova Iguaçu. Os itens de despesas foram listados no borderô: de 16, o número caiu para sete. Nove despesas desapareceram. O custo diminuiu. Antes em R$ 15 mil, ele foi de cerca de R$ 3.700. A mágica da redução passou a ser frequente a partir da nona rodada.
Se antes os jogos entre pequenos tinham despesas em torno de R$ 14 mil, com pico de R$ 48 mil como ocorreu na primeira rodada da competição, na partida entre Volta Redonda e Barra Mansa, eles passaram a girar na casa dos R$ 3 mil. Sem explicação. Em meio a tantos jogos deficitários do Campeonato Carioca, as despesas subitamente desapareceram dos borderôs. E a cara do prejuízo, consequentemente, fica menos feia.
O interessante é que a taxa ferj caiu para 5%. O Flamengo deveria entrar na justiça pedindo isonomia nessa taxa, com retroatividade.
Retificando, a taxa ferj caiu para 6,05%. De qualquer maneira, são 3,95% de economia.
É fácil a conclusão. Foi uma manobra da FERJ para não criar um clima de descontentamento dos clubes pequenos aliados, por causa dos prejuízos causados pelos jogos deficitários e assim não perder o apoios deles.
MAis uma das manobras desonestas da corja da Federação. O ano de 2016 tem de ser um ano de redenção para a dupla Fla-Flu. Se eles não acharem um caminho longe da Federação a desmoralização será total.