Lancenet – O departamento jurídico do Flamengo foi rápido e conseguiu uma liminar que derruba a suspensão preventiva para o técnico Vanderlei Luxemburgo, que tinha levado um gancho do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) no fim da tarde desta quarta-feira. Algumas horas após o despacho do presidente do TJD-RJ, José Teixeira Fernandes, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) foi acionado pelo Fla e concedeu, no início da noite desta quarta-feira, a liberação para que o treinador fique no banco de reservas diante do Bangu, às 22h, no Maracanã.
– O Flamengo entrou com um mandado de garantia, alegando que a decisão do TJD foi sem fundamentação, sem nem sequer descrever a infração e em que termos ela ocorreu. E eu decidi acatar – afirmou o presidente do STJD, Caio Rocha, ao LANCE!, acrescentando que a procura por uma instância superior, como o Fla fez no caso, é prevista pelo Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
O vice-presidente jurídico do Flamengo, Flávio Willeman, explicou como se deu a decisão de procurar o STJD pouco depois de ser notificado.
– Era a única medida cabível que o Flamengo poderia tomar. O clube se surpreendeu por horas antes do jogo ter uma decisão dessa. Foi uma medida drástica do Flamengo contra uma medida drástica do TJD – disse ele, que ainda comparou a postura do Tribunal nos casos que envolveram Luxemburgo e Ferj:
– A decisão foi estranha, no momento em que o Flamengo está rompido com a Federação. Há dois pesos e duas medidas. O Flamengo entrou com uma representação contra o presidente da Ferj por ter xingado o nosso presidente, mas nada aconteceu. E um treinador faz uma crítica ao sistema do campeonato e é suspenso preventivamente.
O LANCE! procurou o presidente do TJD-RJ pouco depois da informação sobre a liminar para liberar Luxemburgo, mas ele nem tinha tomado ciência. O presidente da Comissão Disciplinar que irá julgar o caso na segunda-feira, Antonio Vanderler, também afirmou que nem sequer recebeu o processo e obteve as informações através da imprensa.