Flamengo e Vasco

Blog Torcedor do Flamengo – Bem… um campeonato à parte não é e nunca há de ser para o lado de cá. Na verdade eu acho que do lado de lá também não. Isso aí, e vale até colocar a expressão entre aspas para dar a devida importância, é “Coisa do Eurico”. Não vai aqui nenhuma crítica. Tudo bem que têm umas Coisas do Eurico que não fazem exatamente parte das atitudes mais louváveis existentes no mundo, mas até que esse poderio todo do marketing da antipatia é um lance muito bem feito por ele.

Lembro muito bem dos meus tempos de moleque. Na semana anterior, no dia do jogo, e também alguns dias após a realização da partida, duelos gigantes e dos bons, de palavras, aqueciam os bastidores da peleja. Do lado de lá o Eurico e do lado de cá o Márcio Braga. Aquilo era bom pra cacete e, até mesmo na minha meninice, eu percebia que toda aquela artilharia contrária de ambos os lados agia em prol do Clássico dos Milhões. Na verdade se os dirigentes de hoje resolvessem travar duelos com a metade da intensidade daquela época, do jeito que o mundo ficou chato e ranzinza, ia acabar parando todo mundo na delegacia.

Pode não ser um campeonato por si só, mas que o dia amanhece diferente, lá isso é bem verdade. Pra início de conversa e em termos práticos, um jogo desse porte, ainda mais nesse começo de temporada, é um oásis em meio ao árido deserto que se transformou o Carioqueta. Em termos emocionais… Bem… Em termos emocionais os mais de 40 mil ingressos vendidos até ontem falam por si só. Adaptando a frase euriquiana e sem tirar uma gota de importância em relação à mesma, vale um Flamengo e Vasco, e isso não é pouca coisa.

Hoje é dia de todo mundo lembrar o seu Flamengo e Vasco inesquecível. Dia até mesmo de lembrar os seus momentos únicos, espalhados em tantas e tantas edições do Clássico. Eu guardo um no coração que foi definidor concreto do tipo de escolhas que fiz, não só em minha Flamenguice, mas na vida.

Derrota para o Vasco no Estadual de 87. Isso mesmo, derrota. Por que o amor sincero tira lições, conclusões e decisões, até mesmo em momentos adversos. Naquele dia, antes da partida começar, eu pensei: “a Torcida do Flamengo cantando é uma das coisas que eu mais gosto de ver na vida”. Gol do nosso ex-jogador, Tita, com um tirambaço mortal, definiu o placar adverso. Andando no meio de toda aquela gente de preto e vermelho entristecida, onde horas antes só havia festa, pensei, sem saber que estava decidindo todo um tutorial de vida: “A coisa que menos gosto é ver essa gente triste. Queria poder sofrer tudo sozinho por cada um deles. Tá decidido. Vou levar esse amor até as últimas consequências, em termos práticos. Colocar acima de todas as outras coisas da minha vida. Aconteça o que acontecer”.

Pra não dizer que não falei de flores, e não falo aqui do outro rival carioca, de menor importância mas ainda assim rival, tem todos aqueles outros momentos lindos de vitória. Em quantidade tão superior, e mais ainda pra geração atual, na qual muita gente nem sequer conhece a derrota em uma Final contra eles. O gol do Pet, gols do Zico no Maracanã abarrotado, os três gols do Jean, meu convulsivo choro de nervoso nos dez minutos após o gol do Rodrigo Mendes (pasmem) que nos deu o título, o Deus da Raça, a primeira vez que vi a rivalidade estampada de forma inquestionável nos olhos do meu filho e herdeiro de toda essa dedicação ao Manto… e até mesmo essa furtiva lágrima que escorre nesse momento ao lembrar de tudo isso… Todos momentos marcantes e recompensadores das minhas escolhas.

Léo Moura embarcou ontem e vai perder essa festa, Luan do lado de lá parece que está fora, Éverton e Arthur Maia estarão ali no banco de reservas, quase no epicentro desse furacão de emoções. Dagoberto e Cirino, depositários de boa parte das esperanças dos dois lados. Eurico querendo comemorar esse “título” e nosso Capitão Wallace botando panos quentes e dando ao jogo o tamanho que tem, “apenas” muito importante. Fora esses personagens, milhões e milhões espalhados pelo mundo. Cada um construindo sua história, sua visão particular do Clássico.

E você? Quais os seus Momentos Inesquecíveis de um Flamengo e Vasco? É bom decidir logo. A partir de seis e meia de hoje tudo pode mudar.

CURTAS

RELAÇÃO SINCERA. O Luxa comentou o fato do presidente da FERJ ter assistido jogo do Vasco no camarote do Eurico em São Januário. Acho bom. Oficializa logo essa relação esquisita.

SUBINDO A CONTAGEM. Já são três anos sem derrota para o Império do Mal. Bora aumentar esse sofrimento logo mais.

SERIEDADE. Nossa molecada já inscrita no time de cima foi liberada para jogar a preliminar. Palmas pros envolvidos. Aprender desde cedo a judiar do Vasco em todos os momentos. Esse é o caminho.

SESSÃO NOSTALGIA. Maracanã lotado e com preliminar entre Flamengo e Vasco. Para os mais velhinhos (tô nessa) isso significa muito.

Milton Medeiros

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