Lá se foi a invencibilidade.

Falando de Flamengo – Esperei até o encerramento da rodada para começar a escrever, pois queria ver no fim das contas qual seria o tamanho do prejuízo que precisaríamos lidar após o tropeço no clássico contra o Botafogo.

Com o empate do Volta Redonda e a vitória do Fluminense, além de termos perdido nossa invencibilidade para um time de série B em pleno Maracanã, agora estamos na quinta posição no campeonato carioca. Olhando o copo meio cheio, pelo menos adivinhem quem é o vice.

Claro que, por ainda faltarem oito jogos para o término da primeira fase, essa situação não significa muita coisa na prática a essa altura e não precisa tirar o sonho do ninguém. Só é chato ver, mesmo que temporariamente, o Flamengo em um lugar que não esteja de acordo com a sua representatividade.

É aquele negócio, se é um campeonato pequeno, é simplesmente mais um motivo para o Flamengo continuar impondo sempre sua moral frente aos times de menor expressão do futebol.

Mas pior do que isso, só ter que admitir que o resultado do jogo contra o time que usa uma página de anúncios em vez de uniforme foi, até certo ponto, justo. Não é que eles tenham jogado mais que a gente, pelo contrário, achei que o Flamengo estava melhor na partida. Porém pagamos o preço por perder diversas oportunidades tanto de finalização quanto de construção de jogadas mais efetivas.

Por esses fatores eu achei que no fim o placar ficaria empatado, até mesmo porque nas melhores oportunidades de gol do Botafogo, os chutes mandaram a bola explodindo na trave. Infelizmente acabou que em uma dessas situações a bola voltou de encontro ao Paulo Victor e acabou indo pra rede. Embora o lance tenha sido uma fatalidade, não acho que tenha sido apenas culpa do azar. Pra mim o Paulo Victor deu um pouco de mole por ter “abandonado” a jogada.

O mais inconveniente dessa derrota humanamente aceitável foi ter atrapalhado a comemoração de aniversário dos 450 anos do Rio de Janeiro, levando felicidade para apenas uma pequena parcela da população carioca, já que a esmagadora maioria veste vermelho e preto. E logo nós, que inclusive fomos de roupa nova pra festa. Aliás, ficou bem maneira essa nova versão do papagaio de vintém, hein?

Ah! Falando em festa, temos duas muito importantes nessa semana. Amanhã o eterno mestre Arthur Antunes Coimbra, o Zico, completa mais um ano de vida junto aos mortais aqui na Terra. Além disso, chegou a hora de nos despedirmos do nosso capitão Léo Moura depois de 10 anos de serviços prestados a Nação Rubro-Negra, em um amistoso que acontecerá no Maraca na quarta-feira.

Já no próximo sábado voltamos ao campeonato enfrentando o Friburguense no Engenhão. Aí é só não vacilar de novo para que esse prejuízo de impacto bastante baixo seja rapidamente recuperado, sem causar qualquer dano desnecessário no início da temporada.

Felippe Fogli

Coluna do Flamengo

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