O golpe é atual

Magia Rubro-Negra – Há 51 anos, e longe de ter sido uma boa ideia, a data de hoje manchou a página da história brasileira. Não houve vencedores num período tão execrável que se estendeu até a década de 80. Muitos brasileiros valorosos se foram no embate de alguns que se equivocaram num enfrentamento impossível contra muitos que se aproveitaram da mão de chumbo do poder e avançaram suas garras contra inocentes ou não. As perdas foram terríveis e o futuro provou que a ditadura não presta, seja de direita ou de esquerda, ambas hediondas. Passado mais de meio século e a lição não foi aprendida por gente dos dois lados.

Essa terça-feira, 31/03/2015, se mostra emblemática contra a democracia. Usando o futebol, em especial o carioca, os tentáculos do coronelismo e do autoritarismo se mostraram presentes. Ontem o TJD puniu o técnico Vanderlei Luxemburgo com dois jogos de suspensão porque ele recomendou “porrada na Federação Carioca de Futebol(FERJ)” pela atitude despótica daquela entidade.

Ao se fazer uma regressão aos titulares da FERJ, antiga FCF, vamos encontrar gente fumando piteira e mais rebuscada, mas oportunistas do mesmo jeito. Esses párias foram sucedidos por autênticos “coronéis” representantes de entidades inexpressivas que, aliadas e se valendo de um estatuto decrépito, se apoderaram e apequenaram o futebol do Rio de Janeiro. Basta avaliar os resultados e o empobrecimento dos clubes, ditos grandes ou não. Esses aproveitadores se dedicaram a alianças espúrias ao longo do tempo e agora ajudam a ressuscitar um personagem danoso, um morto insepulto.

Enfim, lembrando os “anos de chumbo”, a FERJ tenta amordaçar os verdadeiros protagonistas do campeonato carioca, essa competição enfraquecida por décadas de desmandos e amadorismo, enquanto o mundo do futebol evoluiu e chegou a anos-luz do que vemos por aqui. Não adianta morrerem Otávios, Caixas e assemelhados. Qual a Medusa, essa criatura tem muitas cabeças e se compactua com gente monstruosa como ela. O resultado, bastante conhecido, está no número de participantes catarinenses na Série A do Brasileirão frente aos cariocas, no sobe e desce dos filiados do RJ, nas goleadas dos profissionais contra os amadores, num eterno 7 x 1 do futebol contra a armação.

Eles não desistem. Seus propósitos são outros, escusos e sombrios, articulados na calada da noite, do desrespeito aos mais importantes símbolos do esporte, aos responsáveis pelos cofres abarrotados da FERJ. Em tempos de Páscoa, os urubus de ovos de ouro, o trem pagador dessa erva daninha. Os números estão no quadro. Comparados com as massacrantes estatísticas do passado, são vergonhosos. Porém, indicam quem financia a farra dessa gente.

O nome disso é GOLPE!

Até quando?

Alexandre Fernandes
MAGIA NELES!