Gazeta Esportiva – Depois de provocar o jogo de volta ao marcar um gol no último minuto do confronto contra o Flamengo, válido pela primeira fase da Copa do Brasil, o Brasil de Pelotas veio ao Rio de Janeiro na tentativa de surpreender o torcedor mais pessimista. Segundo o treinador Rogério Zimmermann, apesar da disparidade técnica entre as equipes, o time gaúcho tentará fazer seu jogo para buscar a vitória e conseguir a classificação contra o Flamengo, na noite desta quarta.
Já no Rio de Janeiro para concentrar para o jogo, o técnico do Brasil-RS ainda comandará um último treino na Gávea na tarde desta terça, mas já sabe a tática de jogo. “Jogar de igual para igual não vai dar. Temos que jogar o nosso futebol e tentar manter a regularidade que vemos tendo. Se isso será o suficiente, eu não sei. Vamos entrar ligados na marcação e querendo criar oportunidades. A diferença técnica é muito grande, mas os jogadores estão muito motivados para o jogo”, admitiu Rogério em entrevista à ESPN Brasil.
Em sua segunda passagem pelo time do interior do Rio Grande do Sul – Rogério comandou o Brasil-RS em 2004 e conseguiu o acesso à primeira divisão estadual –, o treinador, que é muito identificado com a torcida, assim como a maior parte dos atletas, acredita que justamente o entrosamento pode fazer a diferença a favor dos visitantes. “O time tem entrosamento e regularidade, o que faz com que tenhamos resultados. Não sei se será suficiente para enfrentar o Flamengo, mas temos que jogar no nosso limite. Vamos contar com o apoio dos nossos torcedores mesmo no Rio, cerca de 500 pessoas vão estar presentes para nos apoiar”, comentou.
Garantindo que o Brasil-RS oferece um bom ambiente aos atletas, o cidadão pelotense – Rogério foi agraciado com tal título há pouco tempo – reconhece que o clube não guarda segredos sobre a boa fase da equipe, que além de estar pleiteando vaga na segunda fase da Copa do Brasil, figura em quinto lugar no Campeonato Gaúcho, posição que garante classificação às fases finais do torneio estadual e este ano volta a disputar a Série C do Brasileiro.
“O que não mudou no clube nesses mais de dez anos entre as minhas passagens foi a paixão da torcida pelo clube. Contratamos atletas com o perfil do Brasil, um jogador mais sanguíneo, que independente do resultado vai correr o campo inteiro até o fim. Isso basta. O torcedor quer resultado, mas também quer um time aguerrido. A escolha dos jogadores foi certa, e a relação com a torcida realmente tem sido um diferencial para o clube”, avaliou Zimmermann.