Fonte: Gilmar Ferreira
Se alguém tinha dúvida do valor administrativo da atual diretoria do Flamengo, os números do balanço financeiro divulgado há pouco mostram que há algo de novo na gestão dos clubes.
O superávit de R$ 64,3 milhões na última temporada, fruto de uma política que mistura austeridade e competência, é simplesmente o maior lucro da história do futebol brasileiro.
Só isso.
Em dias de retração de mercado, fruto da instabilidade econômica mundial, o excelente resultado positivo do ano operacional rubro-negro evidencia que é possível reverter o quadro de penúria que coloca as instituições esportivas entre as maiores devedoras da União.
E para isso não foi preciso inflacionar a folha de pagamento, nem tampouco “vender” o impossível para milhões de torcedores apaixonados.
Bastou montar uma equipe de gestão transparente e de fato interessada em resolver de uma vez por todas o problema que há mais de 30 anos impede o Flamengo de ser do tamanho que ele realmente é.
Uma equipe que não negocia o objetivo maior de tornar o clube mais popular do país em algo maior do que um time com torcida.
FATIA.
E se engana, aliás, quem acha que o resultado financeiro acontece apenas porque o clube é beneficiado na divisão das cotas de direito de transmissão.
É claro que os R$ 115 milhões que vêm da televisão ajudam bastante, mas é importante mostrar para os torcedores de todos os clubes que esta receita corresponde a 33% do todo.
Em 2014, entraram nos cofres mais R$ 79,9 milhões em patrocínios, R$ 40 milhões em bilheteria e R$ 30,3 milhões com as mensalidades do programa de sócio-torcedor.
INVESTIMENTO.
Repare que deixei para a “última linha” o fato de o clube ter arrecadado apenas R$ 19,7 milhões em venda de jogadores, ativo que em geral responde pela maior fatia no quadro de receitas.
Em 2005, o Santos chegou a faturar R$ 93,5 milhões com as vendas de Robinho para o Real Madrid e Léo para o Benfica.
O Flamengo quer incrementar essa receita e para isso foi buscar o executivo Rodrigo Caetano, responsável por ótimos resultados no Grêmio, Vasco e Fluminense.
Rodrigo Tostes, o vice administrativo que pilota a máquina, assume que precisa arrecadar mais com a venda de jogadores para reduzir a dívida de R$ 698 milhões e ter mais capacidade de investimento em curto prazo…
RESUMO.
É ou não é bom ter uma gestão transparente?