Luiz Henrique Amorim
Caros Rubro Negros,
Estamos às portas do inicio do Brasileirão 2015 e ainda com a também importante copa do Brasil na “alça de mira” e após a disputa de um campeonato carioca aonde o time não empolgou é normal que a ansiedade e as cobranças por reforços sejam grandes nesse período. Somado a isso temos uma mídia sedenta por cliques, vendas, audiência, comentários e todo tipo de atenção e ainda as famosas “cavadas” de empresários ávidos por uma vitrine para seus “produtos”…o resultado é óbvio: todo tipo de especulação. Diego, Robinho, Felipe Melo, Montillo, Petros…Esses são apenas alguns dos muitos nomes ventilados como sendo de interesse do Flamengo.
Acho que é um ponto pacifico que esse time precisa de alguns reforços para mirar vôos mais altos nessa temporada. Em especial um meia criativo, camisa 10, que chega pra ser titular absoluto (ainda tenho fé e gostaria de ver mais o Arthur Maia…mas enfim…) e um lateral direito, que venha ao menos pra fazer sombra ao titular da posição hoje, Pará.
Porém, esse falado camisa 10 esta raro no mercado. E caro. E essa contratação é algo que, em alguma hipótese, poderia bater de frente com a política da atual diretoria do Flamengo. E ai é que eu vejo uma divergência de opiniões entre torcedores do Flamengo. De um lado aqueles que pensam em reforços de peso, nome…reforços que cheguem para ser destaque e que tenham liderança técnica no elenco. Do outro lado vejo aqueles preocupados com as contas do time, com as muitas dividas que ainda devem ser pagas e que pensam que o momento é de ter times modestos, moderando os gastos do departamento de futebol e trabalhando no equilíbrio das contas, com corte de gastos e aumento de receitas.
A minha resposta para esse dilema é: “nem tanto ao céu nem tanto ao mar”. Equilíbrio é a chave. A busca por um formar um time forte concomitante com a luta por uma condição financeira compatível com o tamanho do Flamengo. Esse o maior desafio nesta fase da atual adminstração do clube. De certo, qualquer gasto muito alto, qualquer “loucura”, qualquer medalhão que venha para jogar por 3 ou 4 anos e que seja pago por isso por mais de 20 anos tem que estar fora de questão. Realmente não combina com essa gestão e não combina com o futuro do futebol brasileiro. Quem não entender essa realidade estará fadado ao ostracismo num futuro bem próximo. No entanto, a necessidade de ter um time que entre no campeonato brasileiro para disputar as posições mais altas da tabela é crescente. Eu acredito que bons resultados esportivos estimulem o torcedor a “consumir” mais a marca Flamengo. E isso é fundamental para aumentar as receitas.
É inegável que a atual diretoria tem tido sucesso na política de transformar o Flamengo em um clube que paga seus impostos e que cumpre seus compromissos. Um clube com credibilidade no mercado e na mídia, transparente, com balanços auditados e divulgados periodicamente. Também tem tido sucesso no intuito de aumentar as receitas do Flamengo, chegando à cifras expressivas como tem sido propagado na mídia.(E isso à despeito do fraco desempenho do Sócio Torcedor nos últimos tempos). E baseado nisso eu acredito nas indicações que essa diretoria passa. E no inicio desse ano a diretoria passou a indicação que iria correr atrás de um reforço de mais peso…um reforço mais caro. Foram feitas tratativas para a contratação do argentino Conca. Ainda que essa busca tenha sido infrutífera até o presente momento, a indicação é clara. A busca pelo equilíbrio entre times competitivos e uma situação financeira equilibrada mudou de status.Logicamente não é o caso de fazer festa e pensar em Messi e Cristiano Ronaldo…longe disso…mas hoje já é possível buscar no mercado, com certa prudência e sem exageros, um nome mas tarimbado…já cabe no orçamento e no planejamento do Flamengo um gasto desse…ou melhor…um investimento desse. E quem esta dizendo isso não sou eu. Quem disse isso foi essa diretoria, que com toda a credibilidade que ela conquistou ao longo dos últimos anos, deu a indicação de que tem sim condições de contratar alguém no mercado sem ferir seus princípios econômicos.
Saudações Rubro Negras.
