Fonte: Blog Rodrigo Mattos
Não há dúvidas sobre os méritos da diretoria do Flamengo em relação à redução da dívida, ao aumento de receitas, à parte administrativa em geral. Mas os números mostram que essa gestão tem sido ineficiente no futebol. Aqui não há uma defesa de que se aumente gastos: o controle das contas é corretíssimo. A questão é que os resultados estão abaixo do investimento realizado.
Ao final desta terceira rodada do Brasileiro, o time acabou no 17o lugar, na zona do rebaixamento. Uma equipe que, segundo o vice-presidente de futebol, Alexandre Wrobel, tem a 7a ou 8a folha salarial do país. Ok, temos apenas três rodadas.
Então, vamos estender a análise a outros Nacionais. Claro, tem que se ressaltar que essa diretoria ganhou uma Copa do Brasil, em 2013, e o Estadual, em 2014. Mas é nos pontos corridos que se mede a eficiência dos gastos em um time – esse tipo de comparação entre invetimentos e resultados é comum nas ligas europeias.
Pois bem, estudo de Amir Somoggi mostra que o departamento de futebol do Flamengo custava R$ 180 milhões em 2013, o quarto mais caro. Esse número não pode ser tomado como absoluto: uma parte do dinheiro era gasto com dívida de gestões anteriores com ex-jogadores.
Então, certamente, o clube não tinha a quarta folha do país, mas deveria estar entre as dez primeiras com atletas como Elias, Carlos Eduardo, Chicão, etc. O time ficou em 11o no Brasileiro com 49 pontos – não se considerar aqui a perda de pontos com o caso Andrés Santos. Esteve ameaçado pela degola em algumas rodadas.
No ano seguinte, o Flamengo manteve a posição: foi o 11o colocado. Seu custo de futebol era o 7o do país, segundo o mesmo Somoggi. Ainda havia passivos do futebol, mas em menor proporção. O clube continua a estar entre as 10 maiores folhas salariais, mas sem estar na primeira parte da tabela.
Feitas as contas dos três anos de gestão, o Flamengo fez 102 pontos em 79 jogos: 43% da pontuação possível. Com esse tipo de desempenho, acabaria o Brasileiro entre a 12a e a 10a posição. Comparado com os números financeiros, fica claro que o time rende no Nacional abaixo do seu custo. O Atlético-PR, por exemplo, tem orçamento menor e sempre esteve à frente dos cariocas.
Não se discute aqui quais são os erros da gestão no futebol rubro-negros. Atualmente, há críticas dentro da própria diretoria do Flamengo que apontam desde a falta de cobrança a Vanderlei Luxemburgo a contratações equivocadas. Fato é que a leitura fria dos números mostra uma gestão esportiva ineficiente no clube.
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E só mandar o luxa embora que 70 % dos problemas já se resolveria , ta na cara que os jogadores não querem trabalhar c ele e estão fazendo corpo mole.
Não digo corpo mole, acho que não chega a tanto, na verdade ano passado o elenco era pior e o rendimento era melhor do que 2015. Este novo esquema tático implementado pelo Luxa não está dando certo. Os jogadores não estão assimilando este 4 3 3 ou 4 3 1 2, estamos sem meio de campo, a bola não chega ao ataque pelo toque na maioria das vezes, só por bolas rifadas ou alçadas na área, lançamentos de logo alcance. Poucas vezes vemos triangulações de passes na área do adversário. Não estamos conseguindo furar times na retranca. Ou Luxa muda a tática para a do ano passado que deu certo com este elenco e esperar reforços no meio de campo para aí sim implementar este novo esquema, ou vamos disputar para não sermos rebaixados.