Fonte: Blog Dinheiro em Jogo
No vídeo em que satiriza anúncios no uniforme do Botafogo, publicado às 11h da última quinta-feira, o Porta dos Fundos “lançou” a nova camisa do Flamengo. A empresa alugou a Gávea para a gravação do esquete, e o clube cedeu uniformes que ainda não tinham sido revelados pela fornecedora, Adidas. O tuíte que apresentou oficialmente as novas camisas só foi disparado pelo time rubro-negro às 14h52.
É a típica situação em que todos os lados ganham. O Porta dos Fundos tem público cativo, 10 milhões de inscritos no YouTube, e obtém audiência considerável em poucas horas – à meia-noite, o vídeo de quinta já tinha 463,5 mil visualizações e 44,1 mil curtidas. O Flamengo potencializa a audiência do canal e a usa para divulgar parceiros comerciais sem custo. E as empresas – Caixa, Guaraviton e, principalmente, Adidas – ganham mídia que não estava prevista em contrato sem ter de fazer esforço algum.
O único que sai mal nesta história é o Botafogo.
Torcedores têm alguma razão quando reclamam da sátira, como fizeram em redes sociais após o vídeo, porque o clube assumiu todo o ônus de captar com desespero dinheiro por meio de patrocínios pontuais. Quase todo time brasileiro já lotou o uniforme de logotipos por alguns trocados. Só que o próprio Botafogo causou a provocação quando foi além e anunciou preço de liquidação no uniforme. É fato que a equipe está na segunda divisão, com altíssimo endividamento e sem grandes patrocinadores na camisa, por isso havia e há necessidade de experimentar novos caminhos. Mas este era o risco. Virar piada. E virou.