Fonte: Site Oficial Flamengo
Entre muitas histórias para contar e títulos conquistados, antigos companheiros de Carlinhos deram o último adeus a Violino. Com a Gávea como segunda casa, muitas memórias ficaram marcadas nos caminhos do clube e nos corações de quem viveu momentos inesquecíveis com Carlinhos na sede do Flamengo. Além de Zico, que recebeu as chuteiras do craque em sua aposentadoria, e Silva Batuta, que era o craque do time campeão carioca de 1965 capitaneado por Violino, outros ídolos rubro-negros se despediram de Carlinhos no velório que aconteceu nesta terça-feira (23.06), no Salão Nobre.
Confira o que cada um falou de Carlinhos:
Leandro
– Meu pai sempre disse que ele jogava o fino da bola. Vimos isso depois nas categorias de base e no profissional, quando ele batia uma bolinha com a gente. Em 1987, em um time em que praticamente todos falavam que tinha idade avançada, ele reformulou aquela equipe e fomos campeões. As atitudes dele eram muito serenas e inteligentes. Não colocava sozinho suas ideias, sempre chamava os atletas mais experientes para conversar. Era um cara muito aberto e verdadeiro. Não tinha aquela questão de diferenciação, estrela. Tratava a todos igualmente. Em termos de raízes do futebol, Carlinhos foi um exemplo de se doar para o clube, sempre pronto para ajudar quando fosse solicitado. E isso aconteceu diversas vezes. Ele é um símbolo do Flamengo e uma perda muito grande.
Zinho
– Quando cheguei aqui (no Salão Nobre), a filha dele me falou ‘Meu pai gostava muito de você’. Eu sentia isso, sabia que o professor carlinhos me tinha como um filho no futebol, foi um pai para mim. Ele foi meu treinador em todas as categorias de base e o título brasileiro de 1987 marcou todo o trabalho que tivemos desde a base. Nos profissionais, via em todos os grandes ídolos do Flamengo o respeito que tinham com ele. Sou muito agradecido a Deus por ele e que ele descanse em paz.
Evaristo de Macedo
– Tive o prazer de jogar com ele, um jogador de uma categoria e uma técnica fantásticas. Carlinhos era um homem tranquilo, do bem. Todo mundo respeitava e gostava dele. Convivi muito com o Carlinhos, mas sempre fui mais velho. Depois, quando nós trabalhamos juntos, ele supervisor e eu treinador, trabalhamos muito bem. Sempre tivemos um entendimento muito grande”
Jayme de Almeida
– Conheci o Carlinhos quando eu vinha com meu pai aqui para o Flamengo. Meu pai era auxiliar-técnico aqui do profissional e eu era garoto. Conheci o Carlinhos assim, já jogando no Flamengo. Ele foi meu primeiro grande ídolo do Flamengo. Era um jogador fantástico e depois tive a honra e o prazer de trabalhar com ele nas categorias de base do clube, quando a convivência foi muito maior. Era uma pessoa doce, carinhosa, que fez uma história no clube. Foi campeão de 1963 e 1965 como jogador, campeão como técnico, três vezes carioca, duas vezes campeão brasileiro. E acima de tudo, era uma pessoa com um carinho, uma paz no coração e uma bondade enormes. Foi um grande amigo e o Flamengo perde uma das grandes pessoas que amavam o clube, respeitavam o clube. Ele deu muita alegria para a torcida. É uma perda muito grande, a torcida do Flamengo com certeza está de luto porque perdeu um grande homem.
Nélio
– Falar do Carlinhos é muito fácil, não é? Até porque a gente pode dizer que ele sempre foi um legítimo rubro-negro, independente da sua função como jogador. Ele foi jogador, foi treinador e foi torcedor. Eu acho que mesmo nas vezes que ele não estava diretamente ligado ao Flamengo, ele respirava o Flamengo. Então eu, particularmente, só tenho a agradecer a ele por tudo, não só como jogador de futebol, mas como homem também. Acho que minha formação como homem veio muito da personalidade dele. Tive a oportunidade trabalhar com o Carlinhos não só nas divisões de base, mas como profissional também, e a gente só tem que agradecer a ele por tudo. Sem sombra de dúvidas foi o melhor treinador que eu tive na minha vida, e sou muito grato a ele, por tudo que fez não só por mim, mas pelo Flamengo também.
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Eu participo do grupo Fladarfeiro da Bahia. Sempre apelidamos os darfs. Os dois próximos se chamarão Carlinhos e Violino. É pequena a homenagem, mas bem adequada a quem nunca se imaginou gigante, embora fosse.