Fonte: Lancenet
Faca de dois gumes! Essa é a realidade vivida pelo Flamengo com a iminente chegada de Emerson Sheik. Se por um lado o comportamento do jogador preocupa parte de alguns membros da diretoria, a vinda dele pode servir como para-raios, tirando o foco e a pressão dos jogadores mais jovens do elenco, principalmente neste momento tão conturbado, com o time figurando no Z4 do Brasileiro.
Um dos maiores favorecidos do atual elenco pode ser Marcelo Cirino, que chegou no início do ano como homem-gol e principal nome para a disputa do Campeonato Carioca. Mas não deslanchou e deixou um pouco a desejar para o torcedor. Por conta disso, não só Cirino, mas outros jogadores devem estar rezando (e muito) pela chegada do Sheik, que teria ainda status de líder da equipe.
Com 37 anos e muita bagagem nas costas, Emerson Sheik entra na contra-mão do grupo, em relação a personalidade. Diferentemente do estilo “politicamente correto” do atual grupo do Flamengo, o atacante é conhecido pelo lado falastrão e de personalidade bastante forte.
A vinda do jogador para o Flamengo ainda não foi oficializada. Uma reunião estava marcada para a noite de ontem entre o agente dele, Reinaldo Pitta, e o Timão para definir alguns detalhes da saída.
– Ele tem contrato até o dia 31 de julho. Até o momento, não tenho como garantir qualquer situação – despistou Pitta, antes do encontro.
Estamos, desde a saída de Pet, sem um líder em campo. Léo Moura, apesar de experiente e carismático, não exercia a liderança de grupo. Sheik, ainda que polêmico, costuma tomar a frente, também é carismático, desinibido (diferentemente do atual capitão Wallace), é descontraído e descontrai seus colegas, fala com convicção e determina (altamente importante quando necessita reverter situações adversas), se expressa bem e tem grande experiência, inclusive internacional. Poderá até não dar certo nesta função de liderança, mas Sheik tem os componentes necessários, conforme Zico pregou, em 2009.
Boa análise.