Fonte: GE
A revelação veio só dois dias depois da tranquila vitória sobre o Canadá por 86 a 71, mas o que quase ninguém soube é que a seleção brasileira masculina de basquete correu o risco de enfrentar os donos da casa na disputa da medalha de ouro do Pan sem o seu maior pontuador e principal destaque na competição. Com médias de 18.2 pontos, 5.2 rebotes e 2.8 assistências, Benite sofreu uma queda forte durante a última partida da fase de classificação, contra os Estados Unidos, machucou a parte externa da perna direita e “escondeu” o hematoma do técnico Rubén Magnano antes da semifinal contra a República Dominicana. Mas mentira tem perna curta, e para azar do ala-armador do Flamengo, ele bateu novamente a perna no chão contra os dominicanos e só entrou em quadra no domingo porque o jogo era decisivo.
– Sofri uma queda contra os americanos e bati forte com a lateral da perna no chão. Não falei para ninguém, só para os fisioterapeutas, que me trataram e fizeram um trabalho maravilhoso. O Magnano só soube depois da semifinal contra os dominicanos, porque bati com o local no chão novamente e a minha perna ficou muito inchada. Foi complicado jogar com esse hematoma, estava com muitas dores, mas em nenhum momento cogitei ficar fora da final. Se fosse uma partida normal com certeza eu não teria jogado. Ainda está doendo tanto que estou indo para a fisioterapia na minha folga (risos) – revelou Benite.
Apesar de curiosa e surpreendente, a revelação que o torcedor do Flamengo esperava ouvir na volta do camisa 8 da seleção para casa era outra. Preocupado com o excelente desempenho do ala-armador no Canadá, os rubro-negros passaram as últimas duas semanas temerosos em perder o jogador para o basquete do exterior.
Embora tenha renovado seu vínculo com o clube da Gávea antes do início dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, Benite articulou uma cláusula em seu contrato com a diretoria do Flamengo que permite sua saída para fora do país até o dia 31 de julho. O camisa 8 nunca negou sua vontade de jogar na Europa ou na NBA, mas pelo visto ainda não será desta vez que ele realizará seu sonho de infância. Quem garante é o próprio.
– Lógico que foi um campeonato muito bom, onde as pessoas falaram muito bem de mim e fico contente com tudo que aconteceu. Foi muito legal. Mas não teve nada concreto até agora, nenhuma proposta ou coisa desse tipo para sair. Devo continuar no Flamengo, até porque o dia 31 já está quase aí (risos). Quero aproveitar esses dias para comemorar e descansar um pouco – disse Benite, tranquilizando o torcedor do Flamengo.
Cestinha da seleção em três das cinco partidas do Pan, o ala-armador rubro-negro teve um papel de destaque como nunca antes na carreira. Mas a caminhada até o pódio de Toronto foi longa e dolorosa. Depois de duas cirurgias no joelho, o jogador amargou horas na fisioterapia até voltar às quadras, conquistar a titularidade no Flamengo e ajudar o clube a conquistar três NBBs seguidos.
Tanto no Flamengo quando na seleção, Benite divide os louros do sucesso com seus companheiros e treinadores e destaca seu protagonismo como uma coisa natural.
– O trabalho que vinha fazendo no clube até o começo dos treinamentos na seleção ajudou para eu chegar melhor e mais confiante no Pan. Lógico que a confiança que o Rubén depositou em mim, além do trabalho de toda a comissão técnica que achou uma forma para eu jogar em relação ao grupo foram fundamentais nas minhas atuações. Principalmente a forma com que o grupo jogou, coletivamente. É claro que tive um desempenho destacado, mas porque o time todo estava numa sintonia muito legal. É muito importante para um jogador quando seu treinador deposita uma confiança enorme em você. Nunca tinha sido o protagonismo dessa forma, mas acho que foi de uma maneira natural e muito em função do que o grupo apresentou em quadra coletivamente. A equipe confiou muito em mim por tudo que nós vínhamos fazendo nos treinamentos, assim como eu confiava em cada um deles – afirmou o jogador do Flamengo.
Apesar do destaque individual e do ouro em Toronto, Benite sabe que muito água ainda vai rolar até os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, e prefere não pensar muito no assunto. Sem deixar o sucesso subir à cabeça, o jogador sabe que tem muito o que melhorar e por enquanto projeta seu foco apenas no Flamengo.
– Ainda tem muito tempo para as Olimpíadas e tento não colocar isso na minha cabeça. Não quero ficar me preocupando com isso. É lógico que estou muito feliz por ter tido um papel importante no Pan, por fazer parte de uma equipe que jogou muito bem e foi reconhecida por todos. Fazer parte dessa história me deixa muito feliz. Se isso me deixou mais perto dos Jogos Olímpicos, ótimo, não vou ser hipócrita de dizer que não fico feliz. Mas sei que tem muito tempo pela frente para isso acontecer e vou continuar trabalhando focado como sempre fiz. Quero buscar coisas novas para o meu jogo e para a minha vida pessoal, para quem sabe um dia realizar esse sonho de representar o Brasil nas Olimpíadas e lutar por uma medalha. Fico feliz pelo resultado que tive aqui, mas já passou e agora é pensar no Flamengo e continuar lutando por títulos e pelo meu espaço. O time está sendo muito bem montado e o reforço do J.P. Batista será fundamental para que esses objetivos sejam concretizados.
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