Fonte: ESPN
O caldeirão político rubro-negro que já andava quente nas últimas semanas borbulhou de vez na madrugada desta quinta-feira com o rompimento claro das duas partes da Chapa Azul. Posicionaram-se em lados opostos o atual presidente, Eduardo Bandeira de Mello, e o agora ex-vice de patrimônio, Wallim Vasconcellos, candidato ao pleito do fim do ano. Uma cisão desenhada, mas que teve no encontro derradeiro propostas de parte a parte recusadas na busca pelo entendimento.
Bandeira de Mello oficializou no encontro entre a cúpula do clube que será mais uma vez candidato. Apoiado por outros vice-presidentes, como Flávio Willeman (jurídico), Rafael Strauch (Fla-Gávea) e Cláudio Pracownik (Administração), o grupo do presidente fez uma oferta a Wallim e seus aliados: o presidente seria candidato à reeleição, com o então vice de patrimônio como vice. O grupo não aceitou e levantou a ideia oposta: sair como candidato e ter Bandeira de Mello como vice-presidente, com a possibilidade de que Luiz Eduardo Baptista, o Bap, ex-vice de marketing e desafeto do presidente, não tivesse cargo oficial na gestão. Bandeira recusou a investida.
Com isso, os lados ficaram mais claros na política rubro-negra. Mas ainda assim o presidente rubro-negro ficou com uma tarefa difícil nas mãos. Wallim tem ao seu lado aliados como Rodrigo Tostes (vice de finanças), Rodolfo Landim (planejamento), Gustavo Oliveira (comunicação) e Carlos Langoni (reestruturação da dívida). Nenhum deles entregou o cargo, como Wallim. Todos, mesmo com ideia contrária ao grupo do presidente, pretendem permanecer nas funções até a eleição. Caberia a Bandeira se desgastar politicamente e destitui-los do cargo com uma canetada. Na divisão, apenas o vice de esportes olímpicos, Alexandre Póvoa, não tomou partido e tem bom trânsito em ambos os lados.
Internamente, Wallim e aliados defendem a ideia de que formaram-se dois grupos dentro da gestão que iniciou o comando do clube em 2013. O primeiro, com Bandeira à frente, seria político, na busca de manter o poder quebrando um suposto pacto de rodízio acertado pela Chapa Azul em 2012. O segundo, com Wallim e Bap, acredita ser o grupo responsável pela gestão, garantindo pretender tocar projetos como viabilização de estádio próprio, internacionalização da marca e recuperação financeira. A lógica, claro, não vai de acordo com o pensamento do grupo do presidente.
Na visão de Bandeira de Mello e seus aliados, o sistema de rodízio de candidatos, visando fortalecer a ideia de grupo e não personificar o trabalho de reestruturação do clube, nunca existiu. Por ter apoio da maioria dos vice-presidentes, o mandatário considera ser o nome de consenso para se manter no cargo. Não é o que acreditam Bap, Wallim e aliados. Na reunião, o agora grupo opositor lembrou que o acordo de rodízio foi sacramentado no início da Chapa Azul, em 2012, quando Bandeira de Mello ainda não era o nome para concorrer com Patricia Amorim. Bandeira entrou para o grupo quando Wallim acabou impedido de concorrer ao pleito por problemas estatutários.
O primeiro a demonstrar publicamente incômodo com Bandeira de Mello foi Bap. Homem-forte da gestão do clube, ele renunciou ao cargo de vice de marketing e deixou a administração por considerar que o presidente ignorara decisões estratégicas, como na guerra contra a Ferj pelo preço de ingressos no Carioca, previamente acertadas no conselho do clube. Até então, o ex-vice de marketing trabalhava pela reeleição de Bandeira, sem dissidências. Houve, ainda, duas reuniões anteriores em que o apoio a Bandeira foi mantido. A saída oficial de Wallim, no entanto, mudou o panorama. E emoldurou o esboço do racha política que a Gávea já vivia há alguns meses. De uma eleição a outra, a Chapa Azul abraçou ganhou tom cinza na Gávea.
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Quem não se aliar com os bandidos dos ex-presidentes (Kleber Leite, Patrícia e etc) vai ter meu voto ... EBM ate aqui esta fazendo um trabalho imaginável e excepcional!
EBM para sempre melhor gestao que tivemos
Lá se foi o bonde dos carecas, agora é só bonde do careca. Hahah
Wallin é o caramba ! Se o Bap viesse como presidente pra ter a palavra final, até teria como disputar com EBM...
O resto não tem condições de tirar o ídolo da torcida !! EBM na cabeça !!!
Mas o bap não tem tempo para ser o presidente. O SKY leva o maior tempo dele. Seria horrível termos um presidente que ficaria ausente na maior parte do seu tempo.
Essa chapa azul nos livrou da falência, nos livrou do rebaixamento que ocorrência com toda a certeza nesse período 2012-2015, pois as receitas estavam todas penhoradas. Fizeram milagre com o flamengo. A mística do Flamengo iria acabar se não fossem eles. Iríamos chegar a 1 bilhão de dívidas.
Trouxeram nossa dignidade de novo, somos bem falados em todos os Jornais, já estamos sendo referencia para jogadores escolherem o time aqui no brasil. Ninguém mais faz piada do clube.
Mais três anos assim e estaremos no G4 todo anos, libertadores todo ano, títulos significativos (carioca não) todos os anos.
Chega de frequentar o z4, ser campeão apenas do carioca, virar piada de jogador, frequentar as páginas policiais.
Vamos ser a maior potência da América em breve.
Esse bap e um fanfarrão roeu a corda mas o wallim e deixaram o EBM na mao ruendo o osso, agora que o EBM vai provar do file eles querem o o poder, vtnc bap e walim
Se esse racha causar uma divisão votos que leve a vitória de um daqueles bandidos do passado, cancelarei meu ST mais rápido que eles digam "oi"!
Isso é tudo que a oposição queria. Ver a chapa azul dividida e voltar ao poder! Assim Satanás volta a governar o Flamengo e nós voltaremos a falência e ao descrédito !
É triste ver que as pessoas que construíram a reestruturação do mengão estão se dividindo. Bandeira tem uma grande importância, mas wallin também. Eu só acho que nisso tudo quem sai perdendo é o mengão. Racha os votos da azul e a terceira chapa vence. Aí lascow!
Tem razão. E essa é só uma das hipóteses. A outra é que, ainda que um deles vença, certamente costurando alianças com setores descomprometidos com o projeto inicial, terá que dar espaço a esses "aliados" na administração. Esses apoios foram recebidos na eleição de Bandeira, é verdade, mas o grupo na época era forte e unido. Acresce que a campanha será acirrada, ânimos se exaltarão, e é possível que o grupo derrotado se torne uma oposição ressentida, destrutiva e implacável, capaz de criar óbices intransponíveis ao eleito. Infelizmente, esse é um jogo que não tem como o Flamengo vencer.