Fonte: O Dia
Ederson ainda nem chegou ao Flamengo e já carrega enorme peso nas costas. A responsabilidade de vestir a camisa 10 será imensa, mas ganha proporção ainda maior pela necessidade do time, que não tem um jogador assim há anos. Pesam, também, as negociações que não deram certo e as contratações que não vingaram.
O último camisa 10 rubro-negro que fez relativo sucesso foi Ronaldinho Gaúcho. Com ele, em 2011, o Flamengo foi campeão carioca e fez boa campanha no Campeonato Brasileiro. Mas, em 2012, o craque saiu brigado com o clube, e, desde então, há enorme vácuo no mítico e midiático número.
Carlos Eduardo chegou com destaque e por valor considerado muito alto (salário de R$ 550 mil). Mas, em campo, teve atuações ruins e foi perseguido pela torcida, que o vaiava incessantemente a qualquer toque na bola. Cadu participou da Copa do Brasil de 2013, com gol decisivo sobre o Cruzeiro, pelas oitavas de final. Mesmo assim, foi embora sem deixar saudade e, para substituí-lo, o Flamengo apostou em Lucas Mugni.
O jovem argentino sentiu o peso da responsabilidade – e a diferença no ritmo do jogo – e caiu no esquecimento aos poucos. Primeiro para a reserva, depois nem no banco ficou durante os jogos, até ser emprestado ao Newell’s Old Boys, mês passado. Agora chegou a vez de Ederson.
“Vou jogar pelo Flamengo com a camisa de número 10, que já pertenceu ao Zico, um mito da minha época de menino”, escreveu o jogador em um texto para os torcedores da Lazio na Internet, nesta quarta-feira.
Mas a estreia do novo camisa 10 ainda é incerta. Ederson se apresentará nesta sexta-feira para fazer exames médicos e treinar pela primeira vez com os companheiros. No sábado, vai voltar à Itália para resolver sua mudança definitiva para o Brasil e só retornará no dia 30. Como estava de férias na Lazio, ele vai precisar de um tempo para que possa melhorar a parte física.