Fonte: Lancenet
A contratação de Ederson pelo Flamengo tem raízes gaúchas. Foi pela relação de proximidade criada no Rio Grande do Sul entre o hoje novo camisa 10 da Gávea e o diretor executivo de futebol, Rodrigo Caetano, que os primeiros passos da negociação foram dados.
Ederson e Caetano, além de terem compartilhado os ares do extinto clube RS Futebol – que tinha como um dos sócios o técnico Paulo César Carpegiani -, têm um contato em comum: o advogado Renato de Sá Neto.
Renato era estagiário nos primórdios do RS Futebol, que garimpou Ederson no interior de São Paulo e levou o garoto para as categorias de base do clube. Ele conheceu Caetano na transição da vida de jogador para a função de dirigente, que ocorreu em 2003, quando o RS jogou a Série C do Brasileirão.
O advogado também virou amigo pessoal de Ederson ao longo dos anos. No começo deste mês, ele ouviu do meia o desejo de mudar de ares. As coisas não estavam fáceis na Lazio, já que o espaço do time diminuiu cada vez mais para Ederson – muito por causa das lesões.
Renato procurou Rodrigo Caetano e contou a respeito do desejo do meia em arrumar um novo clube. O Flamengo, por sua vez, já estava interessado em um nome para usar a camisa 10, e o negócio virou realidade. Houve a garantia entre as partes de que não haveria leilão envolvendo outros clubes. A vontade de Ederson também prevaleceu, já que a Lazio, a princípio, queria emprestá-lo e não rescindir definitivamente o contrato. Mas a quebra do vínculo veio nas últimas horas da janela internacional brasileira.
Renato Sá Neto só pôde intermediar a negociação porque o antigo empresário de Ederson, o italiano Antonio Caliendo (que já agenciou, por exemplo, Dunga, atual técnico da Seleção Brasileira) deixou o mercado após ter assumido o controle do Modena. Atualmente, a relação mais próxima que Ederson tem com Caliendo é o fato de ter se casado com a ex-sócia dele: Patrizia Pighini, que também já deixou a vida de agente de futebol.