Fonte: ESPN
Da Itália para o Rio de Janeiro. Do aeroporto para a Gávea. 229 dias depois, o Flamengo volta a ter um camisa 10. O meia Ederson, ex-Lazio, chegou ao clube na manhã desta sexta-feira. O jogador foi apresentado na sala de trofeus do clube ao lado do presidente, Eduardo Bandeira de Mello, de quem recebeu a camisa 10. Sorridente, Ederson não escondeu a alegria em voltar ao futebol brasileiro, exaltou a torcida do Flamengo e beijou o escudo do clube ao posar para fotos.
“Tenho que dizer que estou muito feliz, honrado e orgulhoso de estar aqui hoje. É um sonho para mim voltar ao meu país voltando depois de 11 anos. Voltar ao maior do mundo, ao clube que tem a maior torcida do mundo. Vou fazer de tudo para honrar e dar alegrias”, disse Ederson.
Uma das maiores questões em torno da contratação do novo camisa 10 foi a parte física. Com duas grandes lesões musculares na carreira, em 2010 e em 2014, Ederson disputou apenas 76 jogos nas últimas cinco temporadas. Perguntado sobre suas condições para vestir a camisa do Flamengo, ele foi direto:
“Esse é um assunto que eu gostaria de esclarecer e colocar uma pedra por cima. Por três motivos: primeiro que no futebol é um esporte de muito contato físico, em que nós jogadores estamos buscando a superação dos limites para ter resultados. Lesões acontecem. No meu caso, infelizmente tem aquela brincadeira de escola, de um passar uma frase de um para o outro e no fim da fila a frase era exagerada. No terceiro temos muito a lei da atração, acredito isso, aquilo que pensamos é o que atraímos. Por isso daqui para frente quero pensar somente em coisas positivas. Esto no maior clube do Brasil, no clube de maior torcida do mundo. Estou bem fisicamente e vou fazer tudo para me condicionar o mais rápido possível”, completou o jogador.
A camisa 10, no entanto, ele garantiu que não será problema. Lembrou estar acostumado a vestir o número nas categorias de base da seleção brasileira e nos clubes europeus. Mas brincou que ainda vai pedir autorização a Zico para utilizar o número. Ele conheceu o maior ídolo rubro-negro durante um evento na Europa, há quase dez anos.
“Tenho que dizer que na seleção brasileira sub-17 em que fomos campeões mundiais em 2003 vestia camisa 10. Nos clubes que passei também. Aqui no Flamengo tem de pedir autorização do maior de todos para utilizar essa camisa. Existe pressão, cobrança, mas uma felicidade e um orgulho muito grande em vestir essa camisa. Quando o jogador é feliz ele dá tudo de si mesmo”, completou Ederson.
O jogador deve treinar no sábado no Ninho do Urubu. Depois será liberado para voltar à Europa e acertar sua mudança. Na quinta-feira, ele chega ao Brasil e se integra definitivamente ao elenco rubro-negro.
Confira abaixo alguns trechos da coletiva.
RETORNO AO BRASIL
“Saí do Brasil com apenas 19 anos e fiz até hoje minha carreira fora do país. Esse sempre foi um desejo meu, de voltar numa idade não muito avançada para que eu pudesse escrever minha história no país.”
CARACTERÍSTICAS EM CAMPO
“Sou um meia de ligação. Meu principal papel nessa função é armar as jogadas, chegar por trás e ajudar na armação das jogadas quando temos a posse de bola. E se posse de bola ajudar o setor defensivo. O fato de as pessoas não saberem a posição que jogo é que na Europa sempre procurei ser polivalente. Já joguei como meia-atacante pela esquerda, meia de ligação, meia-atacante pela direita, até mais recuado. Mas minha função é meia de ligação”
RESPONSABILIDADE
“É uma responsabilidade grande, mas creio que jogar com grandes jogadores fica fácil. Tanto Guerrero quanto Sheik e Everton são rápidos, de muita qualidade. Creio que podemos fazer um bom entrosamento e fazer bons jogos pelo Flamengo, dividindo essa responsabilidade e fazendo o time vencer. Creio que o coletivo quando funciona exalta as qualidades individuais de cada jogador. Creio que podemos criar um bom setor ofensivo para fazer os gols necessários para sair com as vitórias”
OPÇÃO PELO FLAMENGO
“Em se tratando de Flamengo, um dos maiores clubes do mundo, acho que é um sonho de qualquer jogador jogar aqui. Estava bem na Lazio, mas não era utilizado pelo treinador por opção tática. Por isso optei em voltar para o Flamengo, um grande clube, sonho de qualquer jogador. Estou muito feliz de estar aqui”
ENCONTRO COM ZICO
“Tive a felicidade de conhecer o Zico pessoalmente em Monaco, chamado Golden Foot. Pude perceber que além do excelente jogador é uma pessoa maravilhosa. Para mim é uma honra muito grande vestir essa camisa que já foi do Zico, o maior artilheiro e maior ídolo do Flamengo. Espero honrar essa camisa e não vou medir esforços para dar alegria”
SELEÇÃO BRASILEIRA
“Eu sinceramente sempre pensei dessa forma. O importante na vida não é aquilo que acontece conosco. A coisa mais importante é como você reage com aquilo que acontece na sua vida. Sempre procurei pensar positivo, mesmo com o que aconteceu naquela ocasião pensei em voltar o mais rápido possível. Em cinco meses consegui voltar. Com certeza um dos meus objetivos é voltar à seleção brasileira. Vou trabalhar firme, mas sei que isso tem de passar por um bom trabalho aqui no Flamengo, com bons jogos e bons resultados. Depois disso a seleção brasileira vem naturalmente”
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Declarações perfeitas! Se for articulado e objetivo em campo como é na entrevista a 10 está em boas mãos...
Ele teria que ser muito burro de largar os milhões que ele ainda tinha a receber na Lazio ou em qualquer outro time, para vim jogar aqui caso ele não tivesse bem fisicamente e tivesse segurança de sua capacidade, caso contrário ele só iria se queimar e ainda perder grana. Tem tudo para dar certo. Ass: André Soares