A torcida não merece esse técnico – Parte 2

Alguns dirão que eu sou intolerante e perseguidor, mas a cada jogo do Flamengo fica ainda mais fortes as opiniões que tenho sobre o técnico Cristóvão Borges. Fica cada vez mais claro que o time não tem padrão tático, de que perdemos muitos pontos no campeonato por escalações e mexidas equivocadas do atual treinador, e de que as vitórias só vem através da individualidade de alguns jogadores como Guerrero. Cristóvão fecha todos os treinos táticos, e quando o time entra em campo, não vemos nada de novo. Qual a razão de todo esse mistério? Alguém lembra de alguma jogada ensaiada do time? Eu não lembro. A minha tese é de que Cristóvão não quer tornar público que seu treinamentos são fracos, retrógrados e insuficientes para um time da grandeza do Flamengo.

Já cheguei a convicção de que não chegaremos a lugar nenhum com esse senhor no comando da equipe, e nos últimos  dois domingos ficou ainda mais claro isso. Comemorei como se fosse um gol, quando vi o time com apenas 2 volantes nessas partidas. Mas se Cristóvão não erra na escalação, erra na substituição ou erra na omissão,mas o maior erro de Cristóvão Borges é em não admitir que não é treinador para o Flamengo. Todo fim de jogo são as mesmas falácias, de que o time esta evoluindo ou que o time jogou bem. São muitas as desculpas!São muitas palavras que não condiz com as atitudes e com desempenho do time.

Separei seis trechos de algumas entrevistas de Cristóvão, para termos uma melhor avliação:

1- “Sou bom cabrito. Bom cabrito não berra. Não tenho oportunidade de falar muita coisa, isso é uma coisa colocada e bem vendida, às vezes sou abordado na rua até por crianças, mas como não se discute futebol, coisas relevantes a gente deixa passar.” (Sobre a escalação de 3 volantes)

Até uma criança sabe que com esses 3 volantes não se cria nada, parece ser algo bem obvio, que só nosso treinador não percebeu. E sem dúvida, saber sobre a escalação do meu time, se vai ser a altura da história do clube ou condicente com o potencial da equipe, é relevante sim!

2-“Contra o Inter jogamos com três volantes e fomos elogiados. O time jogou muito bem e o que vale é jogar de forma equilibrada e eficiente.”

Essa é a principal desculpa, lembrando que nessa vitória, tiveram vários atributos que superaram a incompetência do nosso treinador, como a estreia de Guerrero e um time misto do Inter, que estava visando a semifinal da Libertadores. Jogamos bem contra o Internacional, mas quantos jogos jogamos mal com essa formação?

3-“Falam como se fosse o grande câncer do futebol. Mas nós vemos grandes times jogarem dessa forma. Acho que em 12 jogos  antes da minha chegada o Flamengo jogou assim. Não sei por que bate-se tanto nisso. A mim, causa estranheza” (Sobre os 3 volantes)

Não diria o grande câncer do futebol, mas a escalação de 3 volantes sem qualidades ofensivas representa que técnicos retrógrados ainda tem chances em grandes clubes do Brasil e inclusive na Seleção, realmente se entende o porque de  não termos técnicos brasileiros em clubes da Europa. E se por acaso os grandes times citados, são a Juventus ou a seleção da Alemanha, mostra ainda mais que esse treinador não sabe enxergar um jogo, qualquer volante desses times seria camisa 10 de qualquer time brasileiro, então não tem cabimento essa comparação.Sobre os 12 jogos com 3 volantes do antigo técnico, Luxemburgo, mostra que a diretoria fez certo ao demiti-lo e errado em manter o atual treinador no cargo, pois fica comprovado que está cometendo os mesmos erros de seu antecessor. E estranho é ter um técnico que teima em colocar uma formação no time, que a torcida não quer, que comentaristas de futebol reprovam, que o maior ídolo do clube cansa de criticar, uma formação que não condiz com a história do clube. Será que só ele tem razão?

4-(Jogo contra a Ponte Preta) “O Alan Patrick não criou. E o Luiz Antonio não era para criar, era para o time criar. O objetivo era esse. O César não teve trabalho no segundo tempo e nosso time criou inúmeras chances, bem mais que no primeiro tempo”

Como o Allan não criou, se a maioria das jogadas de ataque passavam pelos pés do camisa 19? A falta de coerência é a tônica do momento na Gávea. O treinador que na partida contra o Santos, disse que “só se faz substituição para corrigir algo”, é o mesmo que mexeu e atrapalhou uma equipe que vinham fazendo um ótimo primeiro tempo contra a Ponte. E será que no meio de tantos treinos secretos, ninguém treina a defesa nas bolas paradas?Acho que não. Cristóvão não só prejudicou o time principal, como também o time sub-20, ao tirar Douglas Baggio da decisão da Taça Rio só para fazer turismo em Campinas (O Flamengo perdeu para o Botafogo), e lembrando que o treinador morreu mais uma vez com 1 substituição no bolso.Nem o Cristóvão consegue explicar suas invenções, dignas de dar inveja até ao Professor Pardal, não há nexo nenhum nas explicações desse senhor. Ficou bem claro que Cristóvão não consegue perceber, enxergar ou assimilar o jogo depois que a bola rola.    Nós não entendemos oque ele quer transmitir e ele não consegue entender o que a torcida deseja, fica um verdadeiro Papo de surdo e mudo!

5-“Tenho a cara do Flamengo, cada vitória, título, vim aqui para isso”

Eu tenho que discordar totalmente, da forma como o time é escalado (ou substituído), se acovardando perante a equipes como Náutico, Goias e Ponte Preta, equipes que nunca tememos outrora, realmente não se vê a cara do clube nesse treinador. Para falar de “a cara do Flamengo” teremos que recorrer a história. A cara é de um time de qualidade técnica elevada,que impõe sua soberania sobre qualquer time, que tem em seu DNA a ofensividade, e que quando falta essa qualidade, eis que surge a tão famosa RAÇA, componente que nos faz igualarmos ou ultrapassarmos qualquer adversário tecnicamente superior, independente da qualidade de nossos jogadores, estando fora ou dentro de casa, o time entra pra ganhar. Claro que sabemos que jogadores como Zico, Júnior, Leandro e cia não jogam mais pelo clube, e que a qualidade de hoje é bem inferior da do passado, mas oque pedimos é que o treinador que estiver representando 40 milhões de torcedores, ao menos TENTE resgatar lampejos de um passado glorioso.

6- “Quando cheguei, perdi mais do que ganhei. Não estou ganhando, não falei nada. O time começou a ganhar e não mudou nada. Estou falando especificamente de algumas críticas. Continua uma coisa que parece pessoal, diária”

Oque esse treinador ainda não entendeu é que quando a equipe ganha, não enxergamos o dedo do técnico, são jogos decididos na individualidade dos jogadores, não vemos desenho tático algum.Contra o Goias e o Náutico saímos com vitorias improváveis, se pensarmos que criamos muito pouco e que nosso goleiro (César) fez inúmeras defesas difíceis. Contra o Santos e Ponte Preta ficou ainda mais claro que esse senhor não sabe enxergar o jogo da beira do campo, quando tirou Allan Patrick nos dois jogos.E sim, é algo pessoal sim, para um treinador e para um jogador (raras exceções), o Flamengo é só mais um clube, mais uma oportunidade de emprego, mas para o seu torcedor é algo para a vida inteira, então é sim pessoal! Treinadores e jogadores não são vitimas. Como em qualquer emprego, se desempenhar um bom trabalho, receberá elogios, e se o desempenhar um trabalho insuficiente, receberá criticas, algo normal no dia a dia de qualquer trabalhador. E para aqueles idiotas que acham que a torcida está com algum tipo de preconceito com o atual técnico, eu respondo que no Flamengo não existe e nunca existiu preconceito, é só olharmos para os maiores ídolos do clube, seja branco ou negro, seja nordestino ou carioca, não olhamos para nada disso.Será bem vindo desde que honre o manto, e ponto!

Para encerrar, essas são minhas opiniões vendo o trabalho do Cristóvão até o momento, e sou a favor da demissão do mesmo, e a contratação de um técnico com ideias melhores. Mas não sou o dono da verdade, e me permito ser convencido de que posso está equivocado. Cristóvão pode até mostrar no futuro de que muitos que o criticam hoje, estão errados. Mas para que isso aconteça, Cristóvão tem que primeiro admitir e aprender com seus próprios erros, só assim se tornará um técnico merecedor de treinar o Maior Clube do Mundo!!!

“Reconhecer seus próprios erros não é humildade, não. reconhecer e aprender com seus próprios erros, é ambição”

Rodrigo Ferreira. Somos Loucos e Fanáticos.

rodrigo.ferreira@colunadofla.com