Caiu?

Fonte: Gilmar Ferreira

Difícil opinar sobre qual a melhor decisão para um time que patina numa competição difícil como o Campeonato Brasileiro.

O torcedor mais equilibrado quer saber se a saída é trocar o técnico que não consegue dar regularidade ao time ou apostar na sequência de um trabalho que com o tempo traga o resultado esperado.

Nesta terça-feira, trancado numa sala, debatia o tema com um destes executivos que sonha modificar a cultura superficial que dita as normas no futebol.

E a conclusão a que chegamos é das mais óbvias _ embora pouco respeitada: a demissão de um treinador durante uma competição dessas deveria significar a antecipação da preparação visando o ano seguinte, e não o remédio milagroso para a alquimia desejada.

Por isso, conceitualmente, sou radicalmente contra a quebra de contrato com uma competição em curso.

Situações que Vasco e Flamengo vivem hoje, praticamente em realidades distintas na tabela da competição…

VASCO

Defender a continuidade de Celso Roth é tão difícil quanto elogiar sua contratação para dirigir um time carente de recursos técnicos e financeiros.

Roth tinha média de 1,45 pontos por partida (hoje tem 1,44) e seus melhores resultados, salvo raríssimas exceções, foram obtidos com elencos praticamente montados.

Não é virtuoso no planejamento de elencos e quase sempre naufraga.

Mas ele melhorou a performance do time (saiu de 0,38 pontos por jogo para 1,1) e sua saída hoje é discutível.

O elenco vascaíno é envelhecido, a mentalidade é arcaica, o orçamento é apertado e não é fácil trabalhar sob as crenças e dogmas do atual presidente.

FLAMENGO

A situação de Cristovão Borges é parecida, mas com nuances distintas.

Vinha de um trabalho razoável no Fluminense, com média de 1,61 pontos por jogo, mas é outro que não tem em seu currículo bons resultados alcançados com time montados por ele.

Cristóvão alcançou a média de 1,79 pontos em 2011, herdando o time de PC Gusmão e Ricardo Gomes, mas em 2012 já caiu para 1,70.

E caiu novamente para 1,36 no Bahia.

Hoje está em 1,52.

Como o time do Flamengo ainda está sendo finalizado, duas perguntas se fazem necessárias:

Ainda há tempo para um novo treinador mostrar serviço em 2015?

Seria hora de começar já o trabalho de preparação visando à próxima temporada?

RODADA.

Diante dos altos e baixos da maioria dos clubes, não dá para fazer previsões.

Mas é possível que o bom de ontem hoje seja questionado.

E o ruim do último domingo termine a noite como um grande mestre…

É praxe na cultura do futebol de resultados…

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  • Acho que tem muito anti-flamenguista que vem nesse site e aproveita a pesquisa "Como você avalia o trabalho de Cristóvão Borges até o momento?" pra tentar causar mais tumulto no Fla. Não acredito que a maioria dos que opinam sobre a pesquisa realmente acham que o trabalho do Cristóvao está "Excelente e que o time está jogando bem". Uma coisa é o time ter melhorado um pouco e outra é achar que está jogando bem, principalmente contra times que não vinham bem.