A exemplar administração de Eduardo Bandeira de Mello comunica: Oswaldo de Oliveira é o novo ‘professor’ do Flamengo. Ele substituirá Cristóvão Borges, que entregou o cargo após a derrota para o Vasco, pela Copa do Brasil, por livre e espontânea exigência da cartolagem (em 18 jogos, ganhou oito, perdeu nove, empatou um e foi saudado inúmeras vezes com os gritos de ‘burro’).
Oswaldo de Oliveira estava desempregado desde junho, quando foi demitido pelo Palmeiras. Ele deixou a equipe paulista na 15ª posição, depois da sexta jornada do Brasileirão, com uma vitória, três empates e duas derrotas. Dirigiu os periquitos em revista de janeiro a junho, com 17 vitórias, sete empates e sete derrotas (50 gols marcados e 26 sofridos).
É a sua segunda passagem de OO pela Gávea. Em 2003, ele comandou o time em 18 jogos, com sete triunfos, três empates e oito derrotas. Saiu porque reclamou dos salários atrasados.
OO será apenas o oitavo treinador do Rubro-negro na gestão de Bandeira – ótimo na administração das finanças, mas meio pau no esporte bretão. Um exterminador de treinadores.
Desde 2003, início do Brasileirão por pontos corridos, o Urubu voou nas mãos de 30 ‘professores’. Uma dança simplesmente fantástica, no ritmo de dois pra cá, nenhum pra lá:
2003: Evaristo de Macedo, Nelsinho Baptista e Waldemar Lemos
2004: Abel Braga, PC Gusmão e Ricardo Gomes
2005: Júlio César Leal, Cuca, Celso Roth, Andrade e Joel Santana
2006: Valdir Espinosa, Waldemar Lemos e Ney Franco
2007: Ney Franco e Joel Santana
2008: Joel Santana e Caio Júnior
2009: Cuca e Andrade
2010: Andrade, Rogério Lourenço, Silas e Luxemburgo
2011: Luxemburgo
2012: Luxemburgo, Joel Santana e Dorival Júnior
2013: Dorival Júnior, Jorginho, Mano Menezes e Jayme de Almeida
2014: Jayme de Almeida, Ney Franco e Luxemburgo
2015: Luxemburgo, Cristóvão Borges e Oswaldo de Oliveira
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Pitacos da Copa. Fluminense escapa das vaias contra Paysandu na bacia das almas: 2 a 1, com um golaço do lateral Renato, aos 48, no ‘new Maraca’ (13.523 presentes) – Magno Alves desencanta depois de 10 jogos, abre o placar, Pikachu empata e Renato salva a pátria do time carioca, que joga por empate no jogo de volta; Saci colorado larga na frente do Ituano, com gols de Vitinho e Valdivia, no Beira-Rio (27.349 torcedores) – duelo marca retorno de Argel Fucks ao estádio do Inter, agora como ‘professor’, e time pode perder segundo jogo por um gol de diferença que se classificará às quartas.
Zé Corneta. Corinthians na Copa do Brasil: um time sem alma, sem estratégia, sem vontade, sem bola, mas com uma banca dos diabos.
Zapping. O clássico Santos x Corinthians bateu recorde de audiência da Copa do Brasil na grande Pauliceia vítima da bandidagem. A plim-plim conseguiu 22 pontos, com 37% de share (TVs ligadas). Na Cidade Maravilhosa das balas voadoras, Flamengo x Vasco cravou 31 pontos (52% de share), o segundo maior Ibope entre todos os jogos deste ano. Cada ponto em SP equivale a 67 mil domicílios sintonizados; no RJ, 42 mil.
Sugismundo Freud. Até cachorro faz xixi em onça morta.
Bem, amiguinhos. Não há nada que não possa ficar ainda pior. Se já não bastasse ter levado uma coça do Peixe pela Copa do Brasil, o Corinthians também ficará sem o atacante Luciano de seis a oito meses. O jogador sofreu uma lesão no joelho direito e será submetido a uma cirurgia. De quebra, Rildo, que poderia ser uma opção para a peça ofensiva, teve uma torção no tornozelo direito e vai parar pelo menos duas semanas. Xô, bruxa!
Dona Fifi. O futebol está cada vez mais louco: Palmeiras joga de azul e Raposa de branco. As origens foram para o ralo. E mais: o Alvinegro praiano estreará no fim de semana um enxoval… cinza.
Bem, diabinhos. A chiadeira dos clubes contra os assopradores de apito passa ao largo dos ouvidos de Jorge Rabello, chefão da arbitragem da federação carioca. Ele argumenta que se tornou fato corriqueiro criticar a arbitragem, principalmente antes de uma partida. A turma que sobrevive em torno do apito classifica a bronca como ‘seguro antecipado’. Se ocorrer um problema, o clube detona o tradicional ‘eu não disse?’. Caso contrário, deixa a vida me levar.
Caiu na rede. Vasco derruba Urubu pela terceira vez seguida e vai pedir música no ‘Fantástico’.
Gilete press. De Jorge Nicola, no ‘Diário de S.Paulo’: “Xodó da torcida do São Paulo, Centurión está com o filme queimado no condomínio onde mora, no bairro de Perdizes, a pouco menos de dois quilômetros do CT da Barra Funda. A ponto de os vizinhos já terem se reunido para reclamar na administração. A maior queixa é em relação ao barulho que o atacante costuma fazer a qualquer hora do dia. De acordo com os vizinhos, não foram raras as vezes em que Centurión foi até a sacada, no meio da madrugada, para gritar que Maradona é melhor do que Pelé.” Don’t cry for me, Argentina.
Twitface. Por que o ‘pofexô’ Vanderlei Luxemburgo não entra na lista dos treinadores que caíram nesta temporada?
Tititi d’Aline. Em cima do lance, apenas com um pequeno atraso de quatro anos, o goleiro Rogério Ceni deve lançar uma linha de relógios em setembro. O modelo da Technos lembrará o 100º gol do M1to, marcado contra o Corinthians, em 2011, após cobrança de falta. O mimo levará as cores e o desenho da camisa que Ceni vestiu na partida e custará R$ 900. O soberano Tricolor não receberá um centavo das vendas.
Você sabia que… o paraguaio Cáceres trocou o Flamengo pelo Al-Rayyan depois de 84 jogos e três gols com a camisa rubro-negra?
Bola de ouro. CPI do Futebol. Os parlamentares aprovaram a quebra do sigilo bancário e fiscal do imperador ostentação Del Nero, poderoso chefão do Circo Brasileiro de Futebol, e do empresário Wagner Abrahão, dono de empresas que prestam serviços à casa maldita do ludopédio. É unha, carne e bolso do eterno rei da bola, Ricardo Teixeira.
Bola de latão. Paraná. Um mar de rosas: gás suspenso, salários atrasados e sede ameaçada de leilão para pagar uma enxurrada de dívidas. A fila dos credores dá volta no quarteirão.
Bola de lixo. Baía de Guanabara. O sul-coreano Cho Won-woo caiu nas águas límpidas da Baía, durante evento-teste da vela para os Jogos Olímpicos de 2016, e foi parar no hospital com desidratação, vômitos e dores de cabeça.
Bola sete. “Sempre foi uma ambição voltar ao Flamengo e escrever, finalmente, uma história vitoriosa. É um clube que tenho a maior estima, um carinho grande. Quero fazer o Flamengo vitorioso. Uma equipe forte e competitiva” (do ‘professor’ Oswaldo de Oliveira – a velha ladainha de sempre).
Dúvida pertinente. O Corinthians já morreu no ‘mata-mata’ da Copa do Brasil?
Fonte: José Roberto Malia / ESPN
Media de 3 técnicos por ano… Vergonha.