Fonte: Entre as Canetas
Vasco e Flamengo na Série A e Botafogo na B vivem sérios problemas nas competições. Cada um com um motivo, com uma origem, com uma solução encontrada. Mas há uma interseção entre eles: todos têm técnicos que estão deslocados na função. Os rivais Vasco e Flamengo não conseguem fazer seus times jogar o mínimo com os técnicos “antigos”. O Botafogo estava com tudo ajustado, até que resolveu fazer “com emoção” e desandou o time ao trocar o comandante.
Comecemos pela situação mais dramática, a do Vasco. Não dá para achar que Celso Roth é o culpado pela situação atual do time. O não “o único” culpado. Como já dissera o presidente do clube, quando ainda era candidato, a prioridade no ano era quebrar o jejum estadual. Montou um time pra isso e quebrou o jejum. No Brasileiro é outro o nível, e ao perceber isso (tardiamente, já que não é nenhum iniciante no futebol), Eurico começou a trazer veteranos, refugos de outras equipes, para que Roth monte o avião na cabeceira da pista para decolar. Claro que não funciona. A responsabilidade de Roth é ter arrumado encrenca com setores do elenco, e não ter conseguido dar um padrão minimamente razoável ao time após dez dias de treinos. Mais: dizer que contra o Joinville o time criou, teve chances claras e não teve qualidade pra concluir é, no bairro em que me criei, jogar a responsabilidade toda para quem conclui as jogadas. Isso nunca deu certo, mata o vestiário e não será o Vasco a reinventar a roda.
No Flamengo, a responsabilidade de Cristóvão é bem maior. Também não está sozinho, já que a diretoria assumiu desde sempre como prioridade pagar dívidas. Isso é incompatível com gastar com reforços. Então, não reclamem. Mas mesmo com esse investimento, e esses jogadores, Cristóvão tinha de fazer mais. Exemplo: optar, seja na circunstância que for, por Gabriel, é erro primário. Esse jogador tinha de estar na mesma lista que dispensou Mugni, Arthur Maia, etc. O cuidado com Gabriel não foi o mesmo na rapidez com que se liberou Cáceres, que com todas as limitações, dava proteção muito maior do que a que a zaga tem hoje. Cristóvão claramente não conhece a fundo o elenco e dificilmente isso vai acontecer no Brasileiro sem que se corra o risco da degola. E antes que venham as cobranças, porque eu sempre defendi Cristóvão, reitero que não o qualifico como mau treinador, longe disso. Lembro que qualquer bom profissional tem bons e maus momentos, erros e acertos: Felipão foi campeão do mundo e tomou o 7 a 1. Cristóvão levou o Vasco a muito mais longe do que o elenco podia, levou o Fluminense exatamente ao que podia, ano passado, mas no Flamengo não acerta. As substituições em especial são catastróficas, sejam nos nomes como no momento do jogo em que acontecem.
E finalmente o caso mais esdrúxulo, o do Botafogo, que liderava a Série B com um pé nas costas, e mandou o treinador embora apenas para marcar a posição autoritária de quem manda no futebol, e atender a interesses de cartolas endinheirados que querem ver a base na vitrine. Não falo especificamente em defesa de Renê Simões, que não virou gênio de uma hora para outra. Falo de qualquer técnico “x” que tenha feito o mesmo trabalho em qualquer clube. Se ele saiu com o Botafogo na liderança e vencendo, é porque nunca houve convicção nessa escolha. E não me venha a diretoria dizer que a causa foi a eliminação na Copa do Brasil porque, primeiro, é um time da Série B eliminado por um time da Série A, problema nenhum. Além disso, o Botafogo criou muito contra o Figueirense, pecou ao não converter em gols e pagou caro pela desatenção no fim do jogo. Assim como não tem qualquer culpa pela fase ruim o novo técnico. Ricardo Gomes não teve tempo de montar a equipe a seu modo, houve mudança de elenco e, ainda por cima de tudo, sempre paira a dúvida e o receio com relação a seu estado de saúde. O Botafogo vai subir por causa da camisa e porque não há tantos bons times assim no torneio. Mas até o fim do ano ainda vai pedir muito para continar na Segundona.
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