Então, ficamos assim: se você toca a banda de acordo com o figurino do protesto, é o máximo; se desafina por ter opinião diferente, por não colocar a paixão na frente da razão, por não fazer média, é merecedor de um solene vai tomar caju.
Pois é o que vem acontecendo nas últimas rodadas do Brasileirão depois de seguidos erros de arbitragem. A situação chegou a tal ponto que num jogo entre times do bloco intermediário ou mesmo de equipes mergulhadas na zona do agrião queimado, uma simples falha de sua senhoria serve para desencadear mais um laço na teoria da conspiração. De um campeonato armado para este ou aquele time.
O coitado do assoprador de latinha, incapaz de apitar até saída de trem por lhe faltar competência, é açoitado por cartolas e jogadores. Que procuram, cinicamente, esconder a incompetência administrativa ou a perda de um gol em uma falha do juiz e/ou bandeirinha. E que, quando beneficiados, simplesmente se fecham em copas e alegam chororô do derrotado.
Na verdade, não há mocinhos nem bandidos. São todos farinha do mesmo saco, agora com uma agravante: o apoio da mídia caolha, muito mais preocupada em cavar a popularidade do que fazer uma análise mais coerente. O bumbo também faz barulho, mas uma hora fura e é descartado. Quem chora hoje já ficou muito feliz ontem.
Por falar em mídia caolha… O mandachuva e raios da Raposa, Gilvan Tavares, confessou ao demitido diretor Isaías Tinoco que um radialista mandou até currículo para ocupar o cargo e, como foi preterido, passou a perseguir Tinoco com críticas sistemáticas.
Já o árbitro pernambucano Marcelo de Lima Henrique informou no relatório, após a derrota do Galo para o Furacão, que foi interpelado por um ‘sujeito credenciado com crachá da imprensa’ aos gritos de ‘safado, safado e safado’.
Há que se ter também coerência. Pouco ou quase nada se falou sobre os erros grosseiros que prejudicaram a Ponte contra a Raposa. Sua senhoria Emerson Luiz Sobral deixou de marcar um pênalti em Borges e também anulou erradamente um gol do centroavante quando a partida estava empatada. Detalhe: se o Cruzeiro perdesse, hoje estaria na zona da degola.
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Pitacos da rodada. Peixe morde fácil a Chapecoense (3 a 1), no aquário da Vila Belmiro (8.047 pagantes), e nada para o oitavo lugar, com 33 pontos, três a menos do G4 – Ricardo Oliveira volta a perder pênalti (o terceiro), mas marca dois, e Geuvânio também deixa sua marca (Neto desconta para a equipe catarinense); em SC, com gols de Bobô e Pedro Rocha, imortal Grêmio passa pelo Figueira e fica a um ponto do vice-líder Galo – 42 a 41 pontos.
Sugismundo Freud. Pensar sem coerência é chutar o pau da barraca no cérebro.
Zapping. Em seu terceiro jogo na telinha, contra 10 de Corinthians e soberano São Paulo, o Palmeiras rendeu boa audiência à plim-plim na grande Pauliceia dominada pela violência. O embate contra o Goiás registrou 20 pontos. A Band obteve quatro. Na Cidade Maravilhosa das facas assassinas, Fluminense x Corinthians cravou 21 pontos na Globo e dois na emissora paulista. Cada ponto em SP equivale a 67 mil domicílios sintonizados; no RJ, 42 mil.
Caiu na rede. Em campo todos ficam no mesmo pé de igualdade… menos o Corinthians.
Bem, amiguinhos. O Trio de Ferro paulista comanda o ranking das equipes mais valiosas do continente americano. O Corinthians lidera pela terceira vez consecutiva, com US$ 511,7 milhões (R$ 1,9 bi), de acordo com a edição mexicana da revista ‘Forbes’. O soberano São Paulo aparece em segundo, com US$ 360,4 mi, e o Palmeiras fecha o pódio, com US$ 310,3 mi. A quarta posição pertence ao Chivas Guadalajara (US$ 302,7 mi), e a quinta ao imortal Grêmio (US$ 279,2 mi).
Zé Corneta. São Paulo, um clube esfacelado politicamente.
Bem, diabinhos. Assim que o juiz apitou o final da partida contra o Vasco, que decretou a eliminação do time da Copa do Brasil, a cartolagem do Flamengo colocou a calculadora para funcionar. Soma daqui, tira dali, e pimba na caxirola: para recuperar pelo menos parte das receitas perdidas com o fracasso, o Urubu terá de vender mais dois jogos como mandante, fora o embate contra o Avaí. A situação ficaria ainda melhor se o clube arrumasse dois amistosos caça-níqueis. Até agora, o Rubro-negro beliscou R$ 10 milhões de bilheteria, metade do café no bule previsto no orçamento.
Dona Fifi. O Vasco anuncia no sorumbático porto de São Januário: sai o respeito, entra a chacota.
Gilete press. Do pequeno grande Tostão, na ‘Folha’: “Por causa de dois jogos, os apressados já exageram nos elogios ao habilidoso e promissor Gabriel Jesus. É o futebol midiático, dos melhores momentos, da repetição e da supervalorização de lances isolados, da construção de heróis e de vilões a cada jogo, como se lances individuais representassem o todo, a realidade. O jogo coletivo fica esquecido. A sociedade do espetáculo não gosta de futebol, gosta de consumir e de descartar.” Bingo!
De chaleira. Fla-Flu promete: Rubro-negro vem de três vitórias, e Tricolor, de três derrotas.
Tititi d’Aline. A milionária Confederação Brasileira de Vôlei topou bancar as viagens, hospedagens, traslado terrestre, arbitragem e bolas da Superliga masculina. Atendeu pedido dos clubes. Mas em troca exigiu as receitas de publicidade em quadra. Também impôs o final do campeonato: 10 de abril, dois meses antes da Liga Mundial, dando à seleção maior tempo de preparação.
Você sabia que… o Leão da ‘Ilha de Lost’, além de rei dos empates (11), também é o único time que ainda não venceu fora de casa no Brasileirão?
Bola de ouro. São Paulo. O soberano entrou na Justiça contra o Circo Brasileiro de Futebol cobrando R$ 17,8 milhões. O Tricolor exige o pagamento dos salários dos jogadores cedidos à amarelinha desbotada desde 1997 até hoje. Também reclama o café no bule de integrantes da comissão técnica. A milionária casa maldita do ludopédio usa, abusa e não paga.
Bola de latão. Vasco. A nau do capitão gancho Eu-rico Miranda segue torpedeando recordes: completou sete jogos sem balançar a rede do adversário, superando a marca de seis partidas, conquistada em 1986. Mais: a goleada de 6 a 0 diante do Saci colorado foi a maior do Brasileirão deste ano e também a maior da história do time carioca no campeonato.
Bola de lixo. Fernando Collor. O ínclito senador, representante do bloco PTB, PSC, PR e PRB, se fez presente em apenas uma das oito sessões já realizadas pela CPI do Futebol. E na única vez que pintou, entrou mudo e saiu calado.
Bola sete. “O torcedor comentar é uma coisa, mas um presidente, um dirigente, tem de provar a manipulação, porque é uma acusação grave. Não queremos que os árbitros errem nem contara nem a favor, mas eles são humanos. Não estamos em primeiro por causa dos árbitros. Temos méritos para estar na liderança” (do goleiro Cássio, à ESPN – fato).
Dúvida pertinente. O Fluminense pode reclamar da arbitragem depois do sobe-desce que o acompanhou várias vezes no Brasileirão?
Fonte: ESPN
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Qualé ô meu!!!! Tu tá do lado da bandidagem né!? É porta voz deles teu cretino? Nem tudo é erro de arbitragem não, é má fé mesmo. Todos sabem disso. Porquê não há erros de arbitragem contra os gambás? O florminense teria perdido se o soprador de apito não tivesse anulado aquele gol legítimo? É por ter gente com opinião igual a tua que no Brasil não existe ética. Fala sério! Essa matéria foi encomendada não foi? Escolhe: se você não acredita no que tá dizendo, você é safado; se acredita é idiota.