Foram quatro jogos, quatro vitórias. O Flamengo saltou de 14ª para a 6ª posição, a dois pontos do G4. O clube saiu de um aproveitamento de 42% para 50%. O “efeito Oswaldo de Oliveira” foi de grande impacto e rapidamente conseguiu os resultados. O treinador apostou num futebol mais simples e com importantes mudanças táticas.
Seu antecessor, Cristovão, era adepto da filosofia moderna de futebol, com defesa adiantada, equipe muito compacta, forte pressão e posse de bola. Assim sufocava o adversário, mas deixava o time um pouco exposto em alguns contra-ataques. Porém, essa mentalidade requer trabalho a longo prazo e muito treino, práticas impossíveis de serem aplicadas no Brasil tão arcaico em planejamento. Por isso Oswaldo resolveu aplicar metodologia mais simples e que trouxesse resultado imediato.
E foi isso que aconteceu. Ao contrário do anterior, o novo técnico recuou a defesa do Flamengo e inibiu as subidas dos laterais rubro-negros. Desta maneira tentou ganhar em superioridade numérica e aumentar a presença defensiva. Mas perdeu em compactação com meio campo, jogadores mais próximos, e isso aumentou o número de passes errados. Antes da sua chegada a média era 81% de passes acertados e caiu para 76%, sendo que contra o Sport, com um jogador a mais, chegou a 85% de precisão e no confronto com São Paulo apenas 67%.
Para compensar em força ofensiva, Oswaldo liberou mais Canteros pelo meio campo, que agora se apresenta pelos dois lados do campo, e recusou Márcio Araújo, prendendo-o mais à marcação. Éverton e Sheik também participam dessa troca constante de posição no ataque, mas agora não exercem uma pressão constante contra a defesa adversária quando esta tem a posse da bola, ganhando em resistência.
Aliás, em posse de bola o Flamengo uma queda considerável em troca dos resultados positivos. A equipe tinha média de 61% dela antes, com os números atuais tem 54%. O time passou dar mais a bola para o adversário e esperar o erro para atacar, explorando a velocidade dos atacantes com o bom passe do Alan Patrick. Seu posicionamento é mais livre pelo meio e jogando sempre à frente dos volantes, como homem do passe para distribuição ofensiva. É o jogador com mais assistências no elenco, ao lado do Canteros, com três ao todo.
Oswaldo de Oliveira simplificou o esquema tático do Flamengo e ainda terá trabalho para sanar principalmente os buracos à frente da defesa, mas os resultados já deram tranquilidade para continuar aplicando as mudanças.
Fonte: Goal
Acho que a análise não foi correta, erramos mais passes mas a maioria dos passes é na direção do gol, e aquele toque enfadonho no meio morreu. Realmente, o Osvaldo usa um esquema mais simples, mas também mais fácil de assimilar. O time faz pressão sim sobre o adversário, mas só a partir do meio-campo, assim dá a bola ao oponente até o meio-campo, onde pressiona com 2 ou 3 jogadores atacando aquele que está com a bola, e a orientação é clara assim que roubar a bola, vira-la em toques rápidos para o lado oposto para buscar um flanco aberto com um numero menor de jogadores do outro time. A marcação não ficou mais frouxa, pelo contrário ficou mais efetiva, e o time não está menos compacto, pois acabou aquela festinha de troca de passes na nossa intermediária, sempre tem 2 ou 3 pressionando o atleta que está com a bola. Eu não sou comentarista, mas entendo mais de futebol do que quem escreveu esse artigo, e olha que é pura observação.
Concordo com alguns pontos, e ainda pondero que quando tem a bola os laterais avançam a frente da linha de meias para receber a bola perto da grande área adversária. Fora isso o time gira melhor a bola até chegar a entrada da área adversária e parou de ficar cruzando bolas desnecessárias na área, conseguindo trabalhar a bolar de maneira mais eficiente e com infiltrações dos atacantes e meias na área.
Uma análise tática bem precisa.
Acho que o amigo que escreveu a coluna está vendo outro time jogar!